Amigos e
amigas, é com muito prazer que volto a escrever minhas “mal traçadas linhas”
neste momento mensal sempre cheio de belíssimos posts dos confrades blogueiros
que participam da CBE (Confraria Brasileira dos Enoblogs).
Neste mês
eu tive o privilégio de escolher o tema. Parece que foi ontem que comecei a
participar da CBE e esta já é a terceira vez que escolho o tema, o tempo voa!
Como andei saboreando alguns vinhos de sobremesa alemães simplesmente divinos,
pensei inicialmente em falar sobre vinhos “Botritizados”, mas, como bem disse
meu amigo Alexandre Frias, não é um tema do gosto de todos! Resolvi então
inovar e trazer aspectos de nossas vidas pessoais para o tema deste mês, vejam
minha escolha:
"Neste mês eu gostaria de diversificar e trazer a tona variáveis tão ou mais importantes que o vinho em si! Falemos de nossa lembrança, pessoas, lugares e momentos. O tema deste mês é falar de um vinho que tenha marcado muito você! Férias inesquecíveis, o nascimento de um filho, bodas, casamento, não importa, descreva, degustando novamente ou não, suas percepções sobre o vinho degustado neste momento tão especial!"
Aproveito e
dou uma sugestão a todos que estão lendo meu post. Lembra daquele vinho
delicioso que você tomou naquela viagem a França ou Espanha ou Buenos Aires?
Não interessa o país! Pegue este mesmo vinho e abra a mesma garrafa, da mesma
safra, num dia comum, sem toda a magia do momento que envolvia sua viagem. É
claro que tecnicamente o vinho é o mesmo! Mas nada, acredite, nada irá
reproduzir a magia de um momento e foi exatamente isto que eu quis trazer a
tona com o tema deste mês.
Minha
escolha? Bom, meu momento especial na verdade foi o meu primeiro grande
encontro com o Vinho Brasileiro. Em 2011 tive a oportunidade de participar do
Projeto Imagem, realizado pelo IBRAVIN, e fui conhecer diversas vinícolas nas
Serras Gaúchas. Vocês poderão ler diversos posts e relatos meus desta e de
outras viagens que fiz para lá depois. Confesso que ainda tinha certo pré
conceito e me faltava ainda muito a conhecer sobre o vinho produzido em nosso
país.
Em um dos
dias da visita o tema era Espumante e Garibaldi. Neste dia tive o prazer de
conhecer pessoalmente o sensacional Adolfo Lona, e conhecer também a CPEG,
Cooperativa dos Produtores de Espumante de Garibaldi. Mas o que Garibaldi e os
Espumantes tem em relação com o vinho que escolhi? Foi no dia que conheci o
Ricardo Chesini, participante do CPEG, mas que tinha realizado um sonho de
produzir um vinho premium. A proposta da Chesini era chegar a um verdadeiro
exemplar dos melhores vinhos do mundo. Para tal, foram empregados investimentos
na adaptação e manuseio do vinhedo, irrigação controlada e colheita cautelosa.
Depois de lapidado na vinícola, foram engarrafadas 2.770 garrafas numeradas
deste vinho, importadas da França especialmente para o Gran Vin. Ao design, que
emoldura com altivez a bebida, se junta o rótulo desenvolvido com
exclusividade, que lhe confere visual único. Trata-se, inclusive, de material
premiado pela indústria gráfica. São esses valores agregados que, em conjunto,
fazem do Chesini Gran Vin sucesso de crítica.
Sim, eu já
falei dese vinho aqui, mas para mim esta viagem e, como marco da mesma, o
Chesini Gran Vin, foram um marco e tanto no meu encontro com o Vinho
Brasileiro. Meu post inicial sobre o Gran Vin foi em Maio de 2011, pouco mais
de 1 ano atrás. Irei acompanhar este vinho pelo menos pelos próximos 10 anos e,
claro, compartilhar com todos vocês a evolução deste grande vinho Brasileiro!
E como será
que foi meu encontro com o Chesini Gran Vin desta vez? Leia abaixo!!
Visual:
Mesmo com seus 7 aninhos de vida o vinho continua sem sinais evidentes de
envelhecimento em sua cor. Ainda vivo e brilhante. Analisando o halo conseguimos
perceber sinais sutis de sua idade. Lágrimas finas, de velocidade mediana e
tingindo a taça.
Olfato:
Desta vez não decantei o vinho como já fiz em experiências anteriores. Ainda
fechado o que, em conjunto com seu visual, mostram que este vinho ainda vai
longe. Vale uma nota. Há uns 6 ou 7 meses atrás eu abri uma garrafa deste vinho
e deixei ele decantando por quase 4 horas e, ao final da experiência, o vinho
estava sensacional. A complexidade no olfato mais uma vez me surpreende,
principalmente se considerarmos a faixa de preço deste vinho. Frutas negras e
vermelhas mas com as negras mais em evidência. Com tempo em taça foi abrindo
outras camadas. Compotas, especiarias, um toque de tabaco tudo isto
harmonizando com a madeira muito bem integrada.
Paladar:
Minha primeira atenção foi em relação aos taninos e a acidez que continuam
bastante presentes me dando agora a certeza que este vinho evoluirá muito bem
pelo menos nos próximos 5 anosl Corpo médio, remetendo mais a um vinho do velho
mundo do que aos nossos queridos argentinos e chilenos. Os aromas que senti no
nariz se mostram na boca também em camadas e com um final que, mais um vez, me
surpreendeu por sua persistência.
Vinhaço!
Realmente um vinhaço que me agrada pacas.
In Vino
Veritas!
Gustavo
Kauffman
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirBaita vinho!!!
ResponderExcluirVinhaço mesmo meu amigo, estou acompanhando a evolução dele!!
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