segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Beaujolais Nouveau 2010, Bochard Pére & Fils, Chatéau de Beanne

Passou o Natal e espero, de coração, que todos tenham tido o prazer de brindar junto a suas famílias este momento tão especial para todos nós!

Um Novo Ano se inicia e em uma época quente, de muito calor, muita praia por aqui no Brasil. Nada melhor nesta época do ano do que, além dos tradicionais Espumantes, beber também um vinho tinto leve e refrescante como um bom Pinot Noir ou, como nova opção, um delicioso Beaujolais!

Logo quando ocorreu a festa do Beaujolais 2010 eu anunciei aqui no Enoleigos a chegada dos vinhos as lojas.

Para quem não sabe, a festa acontece todos os anos no mesmo dia (18 de novembro) e, para minha sorte, neste ano meus amados pais estavam em Paris! Um dos rótulos que eles trouxeram é este que comento hoje.

Quem quiser mais detalhes sobre a festa do Beaujolais e como foi a safra 2010, acesse o artigo que indiquei acima.

A vinícola Bouchar Pére & Fils foi fundada em 1731 e é a maior proprietária de vinhas Premier e Grand Cru na Côte d'Or. Bouchard Père et Fils seria um grande jogador, na Borgonha, mesmo sem suas operações de negociante. Possui uma ampla gama de vinhos tintos, com toda a frescura de exibição soberba e pureza de fruta, bem como potencial de envelhecimento considerável. Bouchard leva a sério demais também os brancos: estes vêm de alguns dos maiores sites na Borgonha, com sabor intenso e vibrante, nunca pesados ou alcoólicos demais.

São mais de 275 anos de história na fabricação de vinhos e toda esta história pode ser consultada em detalhes no belo site da Bochard. É uma visita imperdível e, creiam, repleta de novos conhecimentos e muita cultura!

Um ponto interessante é como que estes vinhos frescos e jovens são baratos na França. Vejam alguns preços na foto abaixo:



Vamos então às minhas impressões sobre o primeiro Beaujolais do Enoleigos:

Visual: Garrafa tradicional francesa, chamando a atenção pela dançaria do Moulin Rouge no rótulo, um barato! Ao abrir vemos uma rolha de cortiça indicando, na própria rolha, que o vinho foi engarrafado na mesma região em que foi produzido. Ao servir mostrou, como eu esperava, uma coloração violeta bem claro, deixando passar bastante luz e quase nenhuma lágrima.

Olfato: Aquela sensação de refrescância e frescor. Não se percebe nada de álcool. Muito aromático com forte destaque para frutas vermelhas em compotas e groselha, muita groselha. O aroma invade o ambiente, sendo facilmente perceptível mesmo a distância.

Paladar: Um reflexo fidedigno ao exame olfativo. Taninos presentes, mas bem levemente, quase que se fazendo imperceptíveis. Retrogosto trazendo novamente as compotas e, é claro, o adocicado. Um vinho facílimo de beber, gostoso, com estrutura, corpo mediano e abundante em frutas e refrescância. O final também me surpreendeu, sendo bastante longo e bem saboroso.

Infelizmente e, como eu também imaginava, ainda não existem reviews da safra de 2010. Não encontrei nada na Wine Spectator nem na Wine Advocate. Também não consegui encontrar nenhuma nota técnica da bodega sobre o seu Beaujolais. Ah, a margem de preço que este Post está classificado é o preço na França!

In Vino Veritas!

Gustavo Kauffman (GK)

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