segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Veuve Clicquot Ponsardin Brut #CBE

O Natal está chegando, época de festas, de grandes celebrações e, cá entre nós, nada melhor para celebrar um grande momento do que abrir uma garrafa de Champagne! Nosso Confrade Silvestre, do blog Vivendo a Vida, teve a felicidade de escolher o tema especial do mês de Dezembro, “Um Espumante de até R$200,00”, deixando um leque de possibilidades imenso! Minha escolha foi a velha viúva, conhecida e renomada internacionalmente.

Se o frei Dom Pérignon criou o champanhe, a viúva Clicquot o reinventou, transformando a bebida borbulhante em um ícone do consumo de luxo. A marca VEUVE CLICQUOT, um mito entre os amantes da bebida de Baco, se transformou em uma instituição francesa. Um produto para os paladares mais endinheirados do mundo. Sempre procurou assegurar, mais que preço, um compromisso com a qualidade e o buquê inconfundível, isto é, aquele aroma e sabor borbulhante que fizeram desse um precioso líquido, apreciado por reis, rainhas e até seus súditos, quando o dinheiro abunda na carteira e na conta bancária.

A história da vinícola começou em 1772 quando Philippe Clicquot-Muiron fundou um comércio de vinhos com o nome Clicquot na região de Reims na França. Três anos mais tarde seria a primeira a introduzir o champanhe rosé. Um fato que mudaria os rumos da empresa e tornaria a marca uma das mais luxuosas do mundo ocorreu em 1798 quando seu filho, François, casou-se com Nicole Barbe Ponsardin. Em 1805, Madame Clicquot ficou viúva aos 27 anos de idade e assumiu o controle dos negócios. A Casa Clicquot passou então a denominar-se Veuve Clicquot-Ponsardin. Surgia assim a marca VEUVE CLICQUOT. Dedicada e exigente, ela se tornou uma das primeiras mulheres de negócios dos tempos modernos. A viúva apresentou seu champanhe em todas as cortes da Europa, primando sempre pela alta qualidade da bebida. Nesta época, representantes da produtora de champanhe foram enviados para Rússia, resultando na importação de 25 mil garrafas do produto. Uma década depois, o champanhe VEUVE CLICQUOT conquistava a Rússia com grande sucesso. A corte russa dos czares foi uma das principais compradoras, bem como o imperador Frederico-Guilherme IV da Prússia. Em 1816, ela desenvolveu, com a ajuda de Antoine de Müller, o “remuage”, processo pelo qual retira-se o sedimento do champanhe, tornando-o mais cristalino. Com o tempo outros produtores acabaram introduzindo a criação de Madame Clicquot em seus processos. Neste mesmo ano as primeiras garrafas do champanhe chegaram ao Brasil para atender uma encomenda feita por carta escrita de próprio punho pelo imperador D. Pedro II.

A Madame Clicquot morreu em 1866 aos 89 anos, deixando um legado no segmento de champanhe. Em 1970 uma remessa de reserva especial do champanhe foi mandada para Inglaterra em comemoração ao jubileu da Rainha. No ano de 1972, para comemorar o bicentenário da empresa, é lançado o champanhe La Grande Dame, uma homenagem a Madame Clicquot. Seu rosto também passou a figurar na tampa de metal das garrafas, uma segurança para os compradores de que se tratava do legítimo produto da Maison Clicquot-Ponsardin. Em 1987, a empresa foi adquirida pelo grupo LVMH. E, assim, conquistou novos mercados e ganhou campanhas de marketing ainda mais agressivas, que as de relacionamento que a viúva comandou quando viva. A segunda versão do champanhe La Grande Dame seria lançada em 1995, feita com 62.5% de uvas Pinot Noir e 37.5% com uvas Chardonnay. Neste mesmo ano foi pioneira ao introduzir a Rich Reserve, primeiro champanhe para ser servido exclusivamente com comida. O champanhe VEUVE CLICQUOT pode ser encontrado nas seguintes versões: Demi Sec, La Grande Dame, La Grande Dame 1995, La Grande Dame Rose 1990, Yellow Label Brut, Vintage Reserve, Rose Reserve 1995 e 1996. A VEUVE CLICQUOT é reconhecida por sua cor amarela-palha, com espuma abundante e fina, além de sua tradicional embalagem e rótulo laranja.

Hoje em dia a Veuve Clicquot Ponsardin faz parte do grupo francês LVMH junto a outras marcas como Krug, Moet & Chandon, Don Perignon e Mercier. Possui 500 hectares que cobrem apenas 25% da quantidade de uvas necessárias, tendo que comprar os outros 75% de fornecedores da região. Seus champagnes se caracterizam pela predominância da cepa pinot noir, variando a sua porcentagem conforme o tipo de champagne. Quanto mais refinado for o champagne, maior a proporção dessa cepa. O brut mais comum normalmente tem um corte com 50% de pinot noir, 30% de chardonnay e 20% de pinot meunier, apresentando variações de vez em quando. Já o excelente champagne La Grande Dame não leva pinot meunier. Está presente em mais de 150 países, possuindo subsidiárias na Alemanha, Estados Unidos, Japão, Inglaterra, Bélgica e Suíça, exportando 85% de sua produção e ocupando a segunda posição no mundo em seu segmento.

Existe uma frase da Madame Lily Bollinger que, particularmente, eu acho sensacional:

“Eu bebo champagne quando estou contente e quando estou triste; às vezes, bebo quando estou sozinha, mas quando estou acompanhada considero uma obrigação; beberico, quando estou sem fome, e bebo de verdade quando estou com fome. Fora isso, nunca bebo champagne... a não ser quando estou com sede.”

A Champagne está longe de ser uma bebida barata. Mesmo na França, é difícil encontrar um exemplar mais barato que EUR 30,00! O barbudo na foto aí de baixo é meu amado pai. Se clicarem na foto poderão ver o preço de alguns champagnes. A foto foi tirada há pouco menos de 1 mês em Paris.



Depois de tanta história, vamos falar um pouco do que achei desta verdadeira lenda!

Visual: Aqui a lenda fala mais alto. A garrafa é linda, com cuidados requintados. A cápsula vem com uma foto da viúva que fiz questão de mostrar por aqui. Ao servir mostra sua típica coloração amarelo palha claro e uma perlage típica dos Champagnes, fina e muito persistente, fazendo uma linda espuma.

Olfato: Delicado e poderoso. No início traz um aroma bastante frutado, evolui para baunilha e fecha com um toque de brioche! Passa refrescância, sensualidade e complexidade, tudo no ponto certo.

Paladar: Uma explosão de sabores frutados, preenchendo cada pedacinho da boca. A refrescância, mais uma vez, se faz evidente. Um vinho fino, de excelente estrutura, com final longo e persistente.

O a Veuve Clicquot fala sobre seu Champagne:

Por incrível que pareça não consegui encontrar notas técnicas no site da Veuve Clicquot. Falam sobre o processo de produção, a idade do blend, mas não existem notas técnicas como estamos mais acostumados. Colarei aqui as notas de um revendedor aqui do Brasil:

ORIGEM: Champagne - França

PERSONALIDADE: Esse champagne sem safra reflete o gosto e o estilo da casa Veuve Clicquot Ponsardin.

ELABORAÇÃO: Redondo, com laivos de Pinot Meunier, deve sua estrutura sólida à predominância do Pinot Noir e sua elegância e finura a quase 1/3 de uvas Chardonnay; um equilíbrio perfeito. A mistura inclui cerca de cinqüenta ´crus´ classificados na maioria, como ´Grand e Premiers Crus´. Entre 25 e 35% de vinhos de reserva lhe asseguram uma qualidade constante. O envelhecimento, em barris de carvalho, dura no mínimo 30 meses.

DEGUSTAÇÃO: Seu aroma, intenso e agradável, tem notas fruitadas e de brioche. Sua harmonia, seu frescor e sua notável estrutura fruitadas atingem plenamente o paladar.

POSICIONAMENTO: Esse é o champagne de todos os momentos! Um estilo de vinho de altíssima qualidade. Fino e presente em toda extensão da língua, é um aperitivo perfeito. Graças a seus sabores complexos e delicados esse Champagne acompanha perfeitamente peixes delicados de água doce ou salgada.

SERVIÇO /CONSERVAÇÃO: Servir a 10-12ºC. Conservar em local sem umidade e com pouca luz.

O que a Wine Spectator fala sobre a Veuve Clicquot:

Pontos: 91

Review:

You can't lose with this classy wine. The refined apple, grapefruit and dough aromas follow through on the palate. Creamy and lively on the finish. –

O que a Wine Advocate, de Robert Parker, fala sobre a velha viúva:

Pontos: 87

Degustador: Antonio Galloni

Review:

The NV Brut offers up attractive notes of smoke, tar, rich ripe pears and flowers in a medium to full-bodied style. There is a good measure of persistence, although the wine could use a little more polish on the finish. This is Lot 14009913, disgorged between December, 2007 and January, 2008. Anticipated maturity: 2008-2010.

Veuve Cliquot Ponsardin is one of Champagne’s best known brands thanks to the success of its “yellow label” non-vintage wine and the tete de cuvee La Grande Dame.

É minha gente. Leiam o post dos outros Confrades e escolham seu Espumante para as festas de final de ano. Falar sobre a grande Viúva é uma responsabilidade e tanto! Não provou ainda? Não sabe o que está perdendo! Não tem motivo para comemorar? Só o fato de abrir esta garrafa já irá lhe proporcionar uma situação especial! Experimente abrir uma no Natal ou, melhor, na virada do ano!

Ainda teremos outros posts até o ano de 2011, mas vou aproveitar este aqui para desejar a todos vocês, leitores amigos, um Natal Maravilhoso e um ano novo repleto de paz, saúde, felicidade, harmonia e, claro, bons vinhos!!!

In Vino Veritas!

Gustavo Kauffman (GK)

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