sábado, 19 de fevereiro de 2011

Crasto Douro DOC Branco 2009 - Série Vinhos Quinta do Crasto

E mais uma série tem início aqui no Enoleigos. Outra falando dos vinhos de Portugal e que trará vinhos deliciosos.

Situada na margem direita do Rio Douro, entre a Régua e o Pinhão, a Quinta do Crasto, é uma propriedade com cerca de 130 hectares, dos quais, 70 são ocupados por vinhas.

Com localização privilegiada na Região Demarcada do Douro, é propriedade da família de Leonor e Jorge Roquette há mais de um século. Tal como as grandes Quintas do Douro, a sua origem remonta a tempos longínquos (o nome CRASTO, deriva do latimcastrum, que significa Forte Romano).

Os importantes investimentos realizados nos últimos anos, permitiram modernizar as vinhas e instalações de vinificação, garantindo assim a produção de vinhos de mesa de elevada qualidade tais como o Crasto, Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas, Monovarietais (Tinta Roriz e Touriga Nacional) e Monovinhas (Vinha da Ponte e Vinha Maria Teresa), bem como categorias especiais de Vinho do Porto (LBV e Vintage). Apesar da utilização das mais avançadas tecnologias de vinificação, continua a ser utilizado o tradicional método de pisa em lagares.

A concretização de todos os investimentos associada á paixão que é colocada na elaboração dos vinhos, levou ao reconhecimento da Quinta do Crasto no panorama dos mercados vinícolas Nacional e Internacional.

As primeiras referências conhecidas referindo a Quinta do Crasto datam de 1615, tendo sido posteriormente incluída na primeira Feitoria juntamente com as Quintas mais importantes do Douro. Um Marco Pombalino datado de 1758 pode ser visto na Quinta.

Logo no início do século XX, a Quinta do Crasto foi adquirida por Constantino de Almeida, fundador da casa de vinhos Constantino. Em 1923, após a morte de Constantino de Almeida foi o seu filho Fernando de Almeida que se manteve á frente da gestão da Quinta dando continuidade á produção de Vinho do Porto da mais alta qualidade.

Em 1981, Leonor Roquette (filha de Fernando de Almeida) e o seu marido Jorge Roquette assumiram a maioria do capital e a gestão da propriedade e com a ajuda dos seus filhos Miguel e Tomás deram início ao processo de remodelação e ampliação das vinhas bem como ao projeto de produção de vinhos de mesa pelos quais a Quinta do Crasto é hoje amplamente conhecida.

No decorrer da série irei trazer todas os detalhes da Quinta do Crasto.

Vamos então ao que eu achei deste vinho branco do Douro:

Visual: Garrafa simples, leve, mas com bonito rótulo e com toda “pompa” que as garrafas de Portugal acabam tendo, incluindo a denominação de origem. Rolha de cortiça com a safra (“09”) nos dois lados. Sei que é uma bobagem, mas adoro quando abro a cápsula de um vinho e o mesmo contém o número da safra. É um cuidado a mais que ajuda no ritual desta bebiba deliciosa! Ao servir mostrou uma coloração muito clara, um amarelo palha mas muito, muito claro, mostrando toda sua juventude. Gotas finas e lentas.

Olfato: Aromático, jovem e refrescante. Boa complexidade, surpreendendo pra faixa de preço do vinho. Traz frutas cítricas, frutas brancas (melão, pera e maçã) e também floral e mineral para finalizar o belo bouquet. Senti também pimenta no nariz.

Paladar: Equilíbrio é a palavra. Muito jovem e realmente trazendo muito frescor e fruta. Excelente textura no palato. Vai crescendo e se abrindo cada vez mais, o que agrada. Acidez nem alta nem baixa. As frutas foram comprovadas na boca e, aqui, senti a presença maior de maçã. Final longo. Acompanhou muito bem um cação ao molho de ervas finas e brócolis.

O que a Quinta do Crasto fala do seu vinho:

Na elaboração deste vinho são utilizadas castas brancas tradicionais do Douro – Gouveio, Roupeiro, Cercial e Rabigato. Através de uma selecção das melhores uvas, o Crasto Branco 2007 apresenta um estilo moderno de grande frescura e expressão aromática. Aroma de fruta citrina, espargos silvestres e elegantes notas florais encontram-se na perfeição, com um bom equilibrio, vibrante frescura e agradável persistência.

Vinificação: As uvas, provenientes de talhões previamente seleccionados, foram transportadas em caixas de plástico alimentar de 25 kg e sujeitas a uma rigorosa triagem à entrada da adega. Foram posteriormente desengaçadas e prensadas. O mosto prensado foi transferido para uma cuba de inox onde se manteve a uma temperatura de 8ºC durante 48 horas até à sua decantação. Seguidamente decorreu a fermentação alcoólica em cuba de inox com temperaturas controladas de 15º C durante um período de 45 dias.

Cor: Citrino vivo

Nariz: Excelente projecção e intensidade aromática de fruta tropical, citrina bem integrada com elegantes notas minerais que conferem uma excelente complexidade.

Boca: Inicio fresco, com estrutura elegante, acidez vibrante e correcto equilíbrio. Sensações minerais de boa intensidade, resultando num conjunto muito agradável de grande frescura e agradável persistência.

O que a Wine Advocate, de Robert Parker, diz sobre este vinho:

Pontos: 88
Degustador: Mark Squires
Maturidade: Beber entre 2010 e 2013

Review:

The 2009 BRANCO is a blend of mostly Rabigato and Gouveio with some Roupeiro, and some old vines blend, sourced from the Douro Superior at high altitudes (600+ meters) and aged in stainless steel. Quite attractive, this relatively plump white is clean and still refreshing, laced with appealing aromas and some lemon-lime notes on the finish. It shows quite nicely and for those unfamiliar with Crasto white, it is a very good and extremely well balanced introduction. I think this will hold a bit—but it will be at its best when fresh and young. Its likely peak for my money is 2011, however long it theoretically holds. There were 27,797 bottles produced. Drink now-2013.

O que a Wine Spectator diz sobre o Crasto Douro Branco:

Pontos: 87

Review:

Good concentration to the ripe pear, apricot and apple flavors gives this white some depth. Melon, cream and spice notes linger on the finish. Rabigato, Gouveio and Roupeiro. Drink now. 200 cases imported. –KM

É bom demais quando o vinho degustado já possui resenhas da Wine Advocate e da Wine Spectator.O vinho me agradou bastante. O Jantar, que seria simples, virou um banquete com a harmonização!

Todos os vinhos da Quinta do Crasto podem ser encontrados em lojas especializadas ou ou então diretamente pela importadora exclusiva, a Qualimpor. Vocês poderão também seguir a Qualimpor em suas redes sociais conforme abaixo:

Site – www.qualimpor.com.br/
Blog – www.qualimpor.com.br/blog/esporao/
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Twitter – twitter.com/vinhoesporao

Até semana que vem!

In Vino Veritas!

Gustavo Kauffman

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