A escolha do mês de Novembro da Confraria Brasileira dos Enoblogs (CBE) coube ao Enoleigos, o que nos dá muito prazer! Quem acompanha o Enoleigos sabe que eu gosto, e muito, desta bela uva francesa que se adaptou com maestria ao Terroir Argentino!
A Malbec inclusive foi a última uva que comentamos no série uvas! Vale a pena uma lida no post “Série Uvas – A Tinta Malbec”.
Muitos Malbec já passaram por aqui e, da própria Trivento mesmo, já comentamos outros 2 rótulos mais Premium da vinícola que foram o Trivento Golden Reserve Malbec 2006 e o Trivento Colección Fincas Malbec 2006. Ainda falando da Trivento, você também poderá ler minhas resenhas sobre o Colección Fincas Syrah 2006, o belo Blend Amado Sur 2007 e ainda sobre o delicioso vinho de sobremesa Trivento Brisa de Otoño Tardio 2008. Quem sabe em breve não teremos o prazer de poder provar o Top da Vinícola, o velo EOLO? Assim que conseguirmos tenham certeza que o traremos para todos!
A linha Trivento Reserve é composta de 7 rótulos, sendo 6 tintos (Malbec / Bonarda / Syrah / Cabernet Sauvignon / Syrah – Malbec / Cabernet – Malbec) e somente 1 branco (Chardonnay). A Trivento compara esta linha com o Tango argentino, veja:
Tango, un movimiento cultural que refleja la idiosincrasia argentina. Su música y danza son reconocidas por su rasgo más sobresaliente: la sensualidad. El tango está lleno de secretos que se descubren recorriendo suburbios porteños o saboreando um Trivento Reserve. Tan Argentino como el Tango!
Como já falamos em nossos outros Posts dos vinhos da Trivento, esta bela Bodega é o braço Argentino da gigante Concha y Toro que, como sabemos, dispensa apresentações.
Vamos então às minhas impressões sobre este belo vinho:
Visual: Garrafa elegante e muito bem diagramada. Gostei do detahe do logotipo preto da Trivento contrastando com o restante do rótulo em branco. Rolha em compensado de cortiça sem ser personalizada para a bodega. Cor vermelho escuro mas bem brilhante. Gotas pequenas, com velocidade média e que colorem a taça.
Olfato: Sensação inicial é de que o álcool está um pouco acima do que devia, o que foi facilmente corrigido com 1 hora respirando no decanter. Aroma frutado e adocicado. Aqui a fruta que mais se destaca, e de forma bem evidente, é a ameixa. Curiosamente me lembrei de uma torta de ameixa que a minha amada e saudosa avó fazia. Ao fundo um leve tostado e um toque de especiaria (pimenta).
Paladar: Supera o exame olfativo. Aqui o álcool passa completamente despercebido. Taninos redondos e quase doces. Um vinho redondo e saboroso. Frutas muito presentes também na boca, muito mesmo. Retrogosto, como eu imaginava, adocicado, mas muito menos do que no nariz. O final é longo, deixando o sabor de fruta (ameixa) de forma sutil e gostosa.
O que a Trivento diz sobre o seu Vinho:
Enólogo:Germán Di Césare
Variedad de uva:100% Malbec (Luján de Cuyo)
Detalles del viñedo en Luján de Cuyo: suelo aluvial, riego por superficie. Altitud: 1.050 m.s.n.m.
Clima:Seco y continental con elevada exposición al sol, lo que permite una excelente maduración de las uvas.
Sistema de conducción: posición vertical (VSP)
Detalles de la cosecha: recolección manual en cajas a partir de la primera semana de abril. Rendimiento: 10.000 kg/ha.
Vinificación: despalillado y molienda de los granos. Maceración previa a la fermentación. 15 días de fermentación en tanques de acero inoxidable a 25-29ºC. Fermentación maloláctica natural.
Crianza:6 meses en barrica de roble francés y 5 meses en botella.
Operaciones antes del embotellado:Filtración con diatomeas y membranas.
Color:brillante rojo carmín.
Aromas:mermeladas de ciruelas y frambuesas con notas de vainilla provenientes del roble.
Boca:equilibrado, posee taninos dulces y final aterciopelado.
Contenido de alcohol: 14% Vol (20º C)
Acidez total: 5,35g/l ácido tartárico
Azúcar residual:2,1g/l
Beber a 16-18ºC
O que diz a Wine Spectator sobre este Malbec:
Pontos: 86
Review:
Straightforward, with polished cherry pie and raspberry flavors backed by a dash of sweet toast. Drink now. 67,000 cases made. –JM
Até o momento deste Post não havia uma crítica da Wine Advocate, de Robert Parker, sobre este vinho.
Aqui temos uma prova de que é possível bebermos belos vinhos, sem gastar muito e, motivados por este vinho, vamos iniciar uma nova categorização aqui no Enoleigos, que é a de vinhos com bom Custo x Benefício!
Aos poucos irei revisitar cada um dos Posts anteriores, procurando pelos vinhos que eu citei como bons Custo x Benefício para incluir este novo “Tag”.
Certamente irei experimentar os outros vinhos desta linha!
In Vino Veritas!
Gustavo Kauffman (GK)
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