A Santa Julia é pertence a família Zuccardi, um dos maiores grupos vinícolas da Argentina.
A Santa Julia é uma clara amostra da combinação de qualidade e diversidade dos solos mendocinos, dando como resultado vinhos modernos. Em suas diversas categorias, encontramos desde uvas clássicas, como Malbec, Chardonnay ou Cabernet Sauvignon, até variedades pouco convencionais na Argentina, tais como Viognier, Pinot Grigio ou Tempranillo e, claro, a Mourvedre que falaremos a seguir.
Criada em homenagem à única filha de José Zuccardi, a Santa Julia representa nosso compromisso em alcançar os níveis mais altos de qualidade, mediante práticas sustentáveis que contribuam para o cuidado do meio ambiente e sendo úteis para a comunidade em que vivemos.
A linha Inovação procura introduzir novas cepas em solo argentino, através de uma constante pesquisa e desenvolvimento..
A Mourvedre é uma importante uva do sudeste e sul da França, presente nas regiões de Côtes-du-Rhône [CdR], Provence e Languedoc. Uma das uvas componentes do famoso Château-Neuf-du-Pape. Na Espanha é conhecida como Monastrell. Além do sucesso que faz no sul e sudeste da França, a mourvedre tem tido bons resultados na Australia e África do Sul. Sempre em combinaçao com a cinsault, syrah (shiraz) e grenache, em diferentes proporções, resultando no clássico corte CdR.
O que achei desta novidade da Santa Julia:
Visual: Elegante garrafa seguindo a linha da Santa Julia. Garrafa utilizando screw cap. Ao servir mostrou uma coloração ainda bastante intensa e com muito violáceo. A cor é bastante escura, mostrando intensidade e sem deixar transpassar luminosidade. Lágrimas finas, rápidas e tingindo levemente a taça.
Olfato: Média intensidade olfativa mostrando uma complexidade pouco comum para sua faixa de preço. O álcool está pouca coisa acima do que deveria, um tempo aerando provavelmente fará bem a este vinho. Uma cepa com a qual não estamos tão acostumados e que traz características interessantes. Nas frutas aparecem as vermelhas maduras e com certa doçura. A dose de especiarias é bem intensa em relação ao conjunto, com especial destaque para canela e pimenta negra.
Paladar: Corpo médio com bom ataque de sabores. As frutas prevalecem deixando as especiarias mais para um segundo plano. Acidez média, mas facilmente perceptível. Taninos bem suaves e delicados. O final surpreende por sua persistência. É daqueles vinhos que você fica lembrando por bastante tempo.
O que a Santa Julia fala sobre seu vinho:
ORIGEN DE LA VARIEDAD: Cepaje originario de España donde se la conoce también como Monastrell. Actualmente está ampliamente difundida en España y sur de Francia. También cultivada en California y Australia como Mataro.
ALCOHOL: 14,5%
ACIDEZ: 6,4g/l
AZÚCAR RESIDUAL: 2,6g/l
VINIFICACIÓN: Molienda, siembra de levaduras seleccionadas, vinificación clásica en tinto con 10 días de maceración, con pigeage manual y delestage. Maduración en barricas de roble francés durante 6 meses.
COLOR: Rojo rubí profundo y vivaz.
AROMA: Aromas de frutos rojos maduros, canela, hongos frescos, especias y algo de regaliz.
SABOR: Buena entrada, complejo, con taninos amables.
Até o momento deste post não haviam reviews da Wine Spectator nem da Wine Advocate.
Um vinho que abri despretensiosamente, mas que me agradou . Bem diferente do que estamos acostumados a provar na argentina pois não é um vinho tão encorpado! Um vinho muito agradável, com certa complexidade. Ah, prontíssimo para o consumo. Não é um vinho para se guardar e sim para se beber!
In Vino Veritas!
Gustavo Kauffman (GK)
Postagens de alto nível, linguagem simples, descomplicada mas nem por isso descompromissada. E isso que gosto de ler, textos elaborados, nada de textos de terceiros,amiúde, inúteis.
ResponderExcluirParabéns Gustavo!
abraço
Jeriel
Grande Jeriel!
ResponderExcluirMuito obrigado por seus comentários meu amigo, é sempre uma honra!!
Forte Abraço,
Gustavo