Barón Ladrón de Guevara Reserva 2005

Estava curioso para experimentar este rótulo e aproveitei a visita de um casal de amigos para abrí-lo.

Com vinhedos que somam mais de 100 hectares, a bodega espanhola Barón Ladrón de Guevara se destaca pela privilegiada localização e exposição ao sol.

Os rótulos comercializados no Brasil são: Barón Ladrón de Guevara Cosecha, Barón Ladrón de Guevara Crianza 2007, Barón Ladrón de Guevara “De Autor” 2009 e Barón Ladrón de Guevara Reserva 2005.

A bodega Barón Ladrón de Guevara segue tradição familiar e é comandada por Juan Jesús Valdelana. Foi na década de 80 que Valdelana, formado em viticultura e enologia, decidiu ampliar a propriedade da família e investiu na aquisição de novas vinhas de produtores vizinhos. E, a partir desse feito, seus vinhos vêm ganhando notoriedade no mundo através de excelentes pontuações obtidas como no Guia Penin 2011 e na revista Wine & Spirits, edição dezembro de 2010.

Vamos ao que achei deste vinho:

Visual: Garrafa discreta, com rótulo também discreto, mas que chama a atenção apenas pela palavra “Rioja”. Um terroir entre os mais famosos do mundo que produz belíssimos vinhos. Rolha de cortiça personalizada para a região de Rioja, mas sem destaques para a vinícola. Coloração rubi de intensidade média, já sem reflexos violáceos e começando a apresentar leves sinais de evolução. Lágrimas finas e lentas.

Olfato: Como costumo lembrar quando degusto vinhos do velho mundo, elegância é a palavra chave no exame olfativo. Intensidade média, mas com boa persistência e presença. Especiarias saltam na frente. Frutas negras, com notas de ameixa. Um misto de baunilha e caramelo mostram a passagem do vinho por madeira. No final percebo um tostado também proveniente da madeira.

Paladar: Um vinho de corpo e intensidades médias. Excelente acidez se mostrando, como é característico dos vinhos do velho mundo, um vinho gastrômico. Taninos bem presentes, já relativamente domados, mais macios e redondos, completando o conjunto. Álcool bem integrado com todo o conjunto. Final de boa intensidade.

O que diz a vinícola sobre seu vinho:

Uva: Trempanillo, Graciano e Mazuelo

Tipo: Tinto

Descrição: Bodega localizada em El Ciego, Rioja Alavesa, onde seus vinhedos que somam mais de 100 hectares, são altamente privilegiados pela excelente localização e exposição ao sol.

Harmonização: Carnes vermelhas e queijos fortes.

Origem: Espanha

Grad. Alc.: 13,5%

Cor: Vermelho rubi com reflexos atijolados.

Aroma: Expressivo, aromático e envolvente.

Sabor: Pleno, sedoso, denso e com um belo equilíbrio e persistência.

Temp. Serviço: 16 a 18ºC

Até o momento deste post não haviam análises da Wine Advocate nem da Wine Spectator.

Um vinho que, por ser de Rioja, surpreende dentro da sua faixa de preço. Harmonizaria muito bem com um grelhado, até mesmo uma carne de caça, mas sem molhos muito fortes e complexos.

In Vino Veritas!

Gustavo Kauffman (GK)