Concha Y Toro Trio Reserva Cabernet Sauvignon 2007

Ganhei este vinho de um grande amigo. Um vinho que eu já havia provado há alguns anos atrás, que me agradou bastante e há muito estava querendo degustá-lo novamente, o que ocorreu no dia 10/03/2010.

É um corte, tendo como uva principal a Cabernet Sauvignon.

x 68% de Cabernet Sauvignon;

x 17% de Shiraz;

x 15% de Cabernet Franc.

A colheita de 2007 da Concha Y Toro ganhou muitos prêmios. Dizem que não chegou a ser tão boa como a de 2005, mas foi premiada. Claro que tem marketing nisto, ponto no qual esta vinícola é impecável, mas fizeram belos vinhos. Aqui cabe uma curiosidade. Fui pesquisar um pouco e dizem que os anos ímpares no Chile são marcados por uma primavera seca e calorosa, sem chuva ou complicações climáticas. São colheitas com muita concentração e cor. Por outro lado, há colheitas pares que têm sido mais complicadas, mas não ruins. Alguns anos pares não têm a mesma concentração, mas apresentam uma qualidade de taninos macios, ideais para os vinhos que se consomem mais cedo. Ou seja, parece que os anos ímpares realmente são os melhores anos dos vinhos chilenos.

Visual: Rolha sintética, ou seja, não é de cortiça natural. Traz a palavra “Trio” e a frase “Este corcho asegura la optima calidad de TRIO”. Típico do sensacional esquema de marketing da Concha y Toro. Falando em marketing vou, mais uma vez, sugerir uma visita ao site desta vinícola. Muito bem feito! Na taça Vermelho escuro, quase vinho, trazendo violeta na contra luz. Gotas bem lentas e esparsas. Vale citar também o verso da garrafa que traz inclusive opções de harmonização conforme podemos ver na imagem ao lado (clicar na imagem para vê-la em tamanho maior).

Nariz: Álcool um pouco mais forte do que o ideal. Bastante frutado, trazendo alguma coisa de temperos (especiarias), vanila e um toque de chocolate, provavelmente da Shiraz. Achei que o álcool prejudicou um pouco a análise olfativa. Só aerei o vinho no decanter, talvez se ficasse por 1 hora o álcool melhorasse.

Boca: Surpreendeu. Muito gostoso, sem ser um vinho tão fácil. Frutas negras, o álcool agora muito bem harmonizado. Taninos redondos, não muito macios, mas deliciosos. Senti também um toque de pimenta. Final persistente e refrescante.

Harmonizei com: Filet e kafta de cordeiro, que casou com o vinho.

O que diz a vinícola:

Cabernet Sauvignon

(68%): Valle del Maipo. Transmite estructura y concentración, al mismo tiempo que taninos robustos proveen persistencia al final. Vinificación: Envejecido por 11 meses em barricas de roble Francés.

Shiraz

(17%): Valle de Rapel. Se abre con una exhuberancia aromática, vitalidad y expresión. Vinificación: Envejecido por 11 meses en barricas de roble Americano.

Cabernet Franc

(15%): Valles de Casablanca y Rapel. Su delicado aroma imparte una fineza suprema y un balance a esta mezcla Premium. Vinificación: Envejecido por 11 meses em barricas de roble Francés.

Notas de Cata

Color: Rojo intenso y enérgico, com matices violetas.

Aroma: Expresividad, riqueza en fruta, casis, moras y especies, zarzamoras, chocolate; dirigido por frutas modernas.

Paladar: Gran estructura, llenador em boca, poderoso, persistente, con fruta negra y especies, jugoso y fresco.

Pelo custo que tem (em torno de R$40,00), é um belíssimo vinho. Parabéns ao enólogo e obrigado ao meu amigo Wesley!!

Nota 4.

(GK)