segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Pizzato Legno Chardonnay 2013 - #CBE

Meu último post para a CBE (Confraria Brasileira dos Enoblogs) foi no início deste ano, com o Espumante Marco Luigi Brut 10 anos, relembre. Na ocasião também foi uma tentativa de retorno ao Blog, mas acabei me enrolando e não consegui seguir escrevendo.

Agora o retorno será definitivo. Como diz a música “Eu voltei e agora é pra ficar, pq aqui é que é o meu lugar”!. Escrever sobre vinhos é uma coisa que amo fazer. Não só pelo momento da degustação em si, mas é um momento de reflexão, estudo, aprendizado e magia!

Com este post estou seguindo a risca o ditado “Antes tarde do que nunca”. A escolha para o vinho do mês de Novembro coube a Ju Gonçalves do blog Vou de Vinho. A Ju escolheu o tema “Um vinho branco e brasileiro, sem exigências”. Veja aqui o post da Ju.

Também gosto de vinhos brancos. Veja uma degustação que promovi entre Brancos Brasileiros em 2012, na ocasião confrontamos 23 rótulos Brasucas.

Pelo que vi nos posts dos Confrades, o Legno não foi escolhido por ninguém. A Pizzato com certeza está entre as vinícolas mais conhecidas, e com maior qualidade, quando falamos de Brasil. Toda sua produção conta com vinhedos próprios totalizando 42 hectares distribuídos entre o Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves e em Fausto de Castro, munício de Dois Lajeados, na região serrana.

Ah, o vinho faz parte da Denominação de Origem do Vale dos Vinhedos, uma iniciativa muito bacana. Se quiser saber mais sobre esta DO leia este post.

Vamos então ao que achei do Legno Chardonnay:

Visual: A garrafa é do estilo mais pesadona, imponente. A arte do rótulo é muito bonita. No lugar da cápula, o vinho é fechado com uma cera mais dura. É bonito e estiloso, mas confesso que dá trabalho na hora de abrir. Rs. A rolha, como é tradição na Pizzato, é de cortiça e contém o nome do vinho e a safra. Na taça a coloração é palha com reflexos dourados.

Olfato: Boa complexidade, destaque inicial para mel, um toque de amêndoa e baunilha. As notas de fruta remetem para abacaxi e pera. Um vinho de respeito já em sua análise olfativa.

Paladar: Pela análise olfativa eu esperava um vinho mais encorpado, mas ele é mais elegante, com corpo médio e boa acidez. A boca vai crescendo, com muita fruta e toques de especiarias. Um vinho elegante que, mesmo com passagem de 11 meses por madeira, está totalmente equilibrado. É também um vinho gastronômico, iria bem com carnes brancas, queijos mais suaves e até mesmo uma bela salsicha alemã que eu gosto tanto.

O que a Pizzato fala do seu vinho:

OS CHARDONNAY DO VALE DOS VINHEDOS PREZAM PELA DELICADEZA, FRANQUEZA E NITIDEZ DE AROMAS E SABORES. A PASSAGEM POR BARRIS DE CARVALHO (FERMENTAÇÃO ALCOOÓLICA, MALOLÁTICA E AMADURECIMENTO) ESPECIAIS, E DE MANEIRA PARCIMONIOSA, ENRIQUECE O CONJUNTO SEM SOBREPORSE À EXPRESSÃO DO LOCAL DE ORIGEM; ASSIM NASCE O PIZZATO LEGNO CHARDONNAY.

OS BARRIS UTILIZADOS, DENOMINADOS PERLE BLANCHE, SÃO FEITOS COM OS MELHORES CARVALHOS E PASSAM POR UM PROCESSO DE TOSTAGEM LONGO E SUTIL (COM REGULAÇÃO POR AR E UMIDADE).

O VINHO RESULTANTE APRESENTA TODA A RIQUEZA E PREDICADOS RELACIONADOS À DELICADEZA DOS CHARDONNAY DO VALE DOS VINHEDOS, ENRIQUECIDO PELOS TRAÇOS DE AMADURECIMENTO EM BARRIS DE CARVALHO QUE RESPEITAM A ORIGEM DO VINHO.

PROPOSTA DO PRODUTO: Pureza, frescor, nitidez, franqueza, corpo e complexidade Vinhedos próprios, conduzidos em espaldeiras. Das melhores parcelas da propr. de Sta Lúcia, Vale dos Vinhedos. Lotes limitados, com numeração das garrafas. Complexidade e riqueza, mas respeitando o frescor e a origem. DOVV : Denominação de Origem Vale dos Vinhedos (2011-atual).

NOTAS DE DEGUSTAÇÃO: Límpido e brilhante, de coloração amarelo palha dourado. No olfato apresenta aromas intensos de frutas tropicais maduras, abacaxi, manteiga, baunilha, especiarias doces e mel. Na boca, coplexo, equilibrado, com bom frescor, elegante e de boa persistência.

HARMONIZAÇÃO COM PRATOS: Carnes brancas, pescados, mariscos, queijos curados suaves, saladas e vegetais temperados.

SERVIÇO: Para melhor apreciar os pontos fortes deste vinho, sugere-se que a temperatura da bebida esteja entre 9 e 12 ºC.

DADOS DA COLHEITA: 2.800 garrafas de 750 ml, numeradas. Dados Técnicos Álcool (% vol.) : 13 Açúcar residual (g/l) : 1,8 Acidez total (g/l ác.tartárico): 5,7 pH: 3,4 Tempo de barril (meses): 11 meses, 1º, 2º e 3º usos

VINHEDO: Nome: Santa Lúcia, Vale dos Vinhedos Região: Vale dos Vinhedos, Denominação de Origem Localização: 29°10’17.91”S, 51°36’05.59”O, 495 m.a.n.m Arquitetura: Espaldeiras com orientação norte-sul. Guyot Solo: De origem basáltica, franco, com pedregulhos e argiloso Colheita: Totalmente manual, em Janeiro de 2013

ELABORAÇÃO: Desengace, moagem e prensagem em prensa pneumática com leve maceração. Fermentação em barris de carvalho Perle Blanche em baixas temperaturas, com adição de leveduras selecionadas. Fermentação malolática e amadurecimento sobre as borras finas em barris até o engarrafamento.

Não existem análises da Wine Advocate para este vinho. Um dia nossos vinhos chegam até lá! 

É mais um vinho de respeito sendo produzido em nosso país! Pena que sua produção seja tão reduzida, apenas 2.800 garrafas. A que degustei foi a 0985.

Normalmente não sabemos do tema do mês seguinte quando realizamos o post da CBE. Como estou MUITO atrasado, já fiquei sabendo que o tema será Chianti! Vamos entrar nesta viagem para Itália??

In Vino Veritas!


Gustavo Kauffman (GK)

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