Era uma sexta-feira e, como o calor estava grande, optei por abrir este, já adiantando, excelente espumante da Casa Valduga.
No final do século 19, a família Valduga chega ao Brasil, vinda da cidade de Rovereto, na Itália, em 1875, e logo cultivaram os primeiros parreirais em meio ao Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul.
Três gerações depois, os investimentos em qualidade e tecnologia cresceram e os prêmios multiplicaram-se pelo mundo. A marca que leva o nome da família transformou-se em símbolo de padrão de excelência.
Hoje, a vinícola é comandada pelos irmãos Erielso, Juarez e João Valduga, que continuam a transmitir a paixão pelo vinho a seus descendentes.
A Casa Valduga dedica especial atenção à elaboração dos espumantes e foi uma das primeiras vinícolas brasileiras a dominar e desenvolver o método champenoise de vinificação. Hoje possui a maior adega de espumantes da América Latina e investe em produtos com padrão de excelência já reconhecidos internacionalmente. Os tintos de guarda amadurecem em barris de carvalho franceses e americanos e no final do período passam para a cave apropriada, adquirindo um fino bouquet. Já os brancos repousam em tanques de aço inox durante curto período, para que mantenham os seus aromas primários e possam ser consumidos ainda jovens. A Casa Valduga também construiu o primeiro Complexo Enoturístico do Brasil e hoje é uma das maiores atrações do Vale dos Vinhedos, no município de Bento Gonçalves, a 120 quilômetros de Porto Alegre. Ao lado da Vinícola, instalou restaurantes e aconchegantes pousadas, com vista para os parreirais. Um lugar cercado de montanhas, a 671 metros de altitude e que guarda o encanto da cultura do vinho.
Vamos então ao que achei deste espumante:
Visual: Os espumantes da Casa Valduga são de uma elegância ímpar! O cuidado vai até na cápsula que envolve a rolha. A rolha também é muito bonita e personalizada. Ao servir mais uma grata surpresa. Perlage fina, muito abundante e persistente, fazendo uma bonita espuma na taça. Coloração amarelo palha.
Olfato: Delicado, passando certa complexidade, refrescância e muita fruta. Frutas brancas em primeiro plano, identificando-se facilmente maçã e pêra. Mais ao fundo notas de pão e um leve toque cítrico.
Paladar: Primeiro ataque da perlage na boca traz o refrescante sabor das frutas em abundância. Textura aveludada e super agradável. O Brut faz juz ao nome aqui. O espumante é bastante seco o que, particularmente, me agrada bastante. O retrogosto possui uma pequena ponta de amargor que passa rapidamente. A persistência é outro ponto super positivo. O vinho permanece no palato por muito tempo.
O que a Valduga fala sobre seu belo espumante:
Vindima: 2008
Variedade: Chardonnay | Pinot Noir
Terroir: Vale dos Vinhedos
Colheita: Manual e seletiva.
Visão: Coloração amarelo palha, límpido e brilhante, com perlage fino e persistente.
Olfato: Aroma elegante e nítido, com notas de frutas frescas e tropicais.
Paladar: Apresenta acidez equilibrada, de amplo corpo, fresco e persistente com boa
cremosidade.
Consumo: 04º a 06ºC
Harmonização: Peixes, carnes brancas, molhos leves, risotos, queijos cremosos.
Mais uma grata surpresa que os espumantes brasileiros me proporcionam. Uma delícia e também um excelente custo x benefício, entrando para o clube destes vinhos!
E não deixem de visitar o site da Casa Valduga. É dos mais completos que já vi!
In Vino Veritas!
Gustavo Kauffman (GK)
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