A Confraria Brasileira dos Enoblogs deste mês foi escolha do Confrade Edgard, do blog Vivinhos. A escolha dele foi “Borgonha, com boa relação Custo x Benefício”.
A tarefa de encontrar um vinho da região de Borgonha com boa relação custo x benefício realmente é um desafio e tanto! Para quem não sabe, Borgonha, ao lado de Bordeaux, é uma das regiões mais famosas no mundo vitinícola.
Borgonha fica a apenas 200 km da Torre Eiffel, em Paris. Marcada pelas parreiras que produzem um dos melhores vinhos do mundo, a Borgonha é um resumo da história do país. Castelos antigos, com o Vougeot, construído no século XI pelos monges de Cister, e a exemplo do Kloster Erbach do Rheingau alemão,mas é também o vinho grande safra um dos maiores tintos de Borgonha comprova a região marcada pela nobreza, pelos castelos de sonhos e pelas vindimas.
Entre as muitas particularidades da Borgonha, devemos assinalar o grande fracionamento das propriedades à diversidade de solos próximos, influindo sobre as características dos vinhos.
As denominações de Côtes exprimem encosta, lado, a mais restrita de Clos, significa sítio, cercado fechado.
A Pinot Noir,é sua arma secreta, a tropa de elite, cuja viticultura foi aperfeiçoada ao longo dos séculos por monges de várias ordens, em especial os beneditinos. A contribuição da Igreja Católica para a difusão do vinho no seu rito de consagração.Enquanto a bordalesa (de Bordeaux) Cabernet Sauvignon e a Syrah, a grande uva do Vallée Du Rhône, foram emuladas com sucesso em várias partes do mundo, a expressão borgonhesa da Pinot Noir continua inimitável, apesar dos avanços conseguidos por Neozelandeses, conforme nossa matéria aqui já descrita, e americanos do Oregon e California. A uva branca Chardonnay é a que reina em meio da tinta.
A maioria dos borgonheses vive da vinicultura, há vários séculos. Não há uma só cidade da região que não tenha quilômetros e quilômetros de caves subterrâneas, algumas com quase mil anos. Praticamente todas ficam abertas ao público em degustação.
O vinho que escolhi na verdade foi um presente que ganhei. O vinho foi comprado na França e, portanto, a preço de lá, o que acabou o tornando uma boa relação custo x benefício. Os vinhos da Borgonha são divinos, mas, principalmente para nós aqui no Brasil, o custo dos mesmos acaba sendo muito elevado!
Puligny-Montrachet é uma comuna francesa na região administrativa da Borgonha, no departamento Côte-d'Or. Estende-se por uma área de 7,28 km², com 466 habitantes, segundo os censos de 1999, com uma densidade 64 hab/km².
A única casta branca que pode ser cultivada na Borgonha é a Chardonnay que, por sinal, nasceu por lá! Seus vinhos estão entre os melhores do mundo. Cada sub-região apresenta características particulares: Montrachet (intensos, longevos, apaixonantes), Puligny-Montrachet (estruturado, saboroso e fresco), Chassagne-Montrachet (mais noturno), Meursault (amanteigado e frutas secas), Corton-Charlemagne (mais mineral).
Le Cailleret é uma prestigiada Premier Cru site vinha em Puligny-Montrachet , um vinho branco de produção principal do município de Côte de Beaune . O sítio está localizado no sopé do scrubby Mont-Rachet colina que dá nome à aldeia.
O Le Cailleret nome é uma referência ao carácter particularmente duros dos solos em todo o site, e é comumente usado em toda a Borgonha, nomeadamente em vinhas premier cru em Meursault ( Les Caillerets ) e Chassagne-Montrachet Les Caillerets vinha Premier Cru.
Le Cailleret é efetivamente uma continuação da Grand Cru sites Chevalier-Montrachet e Le Montrachet imediatamente a sul da mesma, mas por razões de classificação técnica continua a ser um Premier Cru, em vez de ser elevado ao status de Grand Cru. É frequentemente considerado como o mais fino de-Montrachet Premier Cru sites Puligny. Os vinhos do Le Cailleret site estão autorizados a ostentar a Premier Cru em seus rótulos, e pode acrescentar o nome vinha imediatamente após o nome comuna no título denominação.
Puligny-Montrachet Premier Cru vinhos são aqueles realizados sob condições mais rigorosas do Puligny-Montrachet denominação leis, a partir de uvas cultivadas em vinhedos reconhecidos oficialmente Premier Cru. O título abrange os vinhos brancos feitos de Chardonnay e tintos feitos de Pinot Noir , apesar de os vinhos tintos são apenas uma fração minúscula da denominação de saída. É-Montrachet de alta qualidade Puligny Premier Cru e Grand Cru vinhos brancos que são responsáveis pela denominação de fama e reputação estelar.
Vamos então ao que achei deste vinho:
Visual: A garrafa fala por si só. Rótulo tradicional do velho mundo e, claro, rola 100% em cortiça. Ao servir vemos uma coloração dourado claro, com gotas finas, muito lentas e constantes por toda a taça.
Olfato: Realmente um delicioso Chardonnay do velho mundo, totalmente diferente com o que estamos habituados principalmente no Chile e na Argentina. Aromas cítricos, minerais, florais muita amêndoa. Complexo, delicioso e fascinante!
Palato: Fico praticamente sem palavras para descrever o quão fascinante é este vinho. Sedoso e untoso, trazendo uma intensidade e complexidade muito difíceis de serem encontradas. Acidez perfeita, um vinho que ainda envelhece bastante na garrafa e, apesar de parecer impossível, pode ficar ainda melhor.
Não consegui encontrar a ficha técnica deste vinho nem o site da Michel Bouzereau.
Também não existem degustações pela Wine Spectator ou pela Wine Advocate.
Sem sombra de dúvidas foi, senão o melhor, um dos melhores brancos que já experimentei em toda minha vida. E o primeiro que irá levar nota máxima por aqui.
In Vino Veritas!
Gustavo Kauffman
Ola Marcos,
ResponderExcluirComo não achei o borgonha ainda, estou dando uma geral no pessoal da CBE, pelo twitter do enoblogs.
Queria voltar a participar neste mês. Com atraso, vou dar mais uma procurada pra ver se acho uma garrafa esta semana.
Parabéns pelo vinho, devia estar maravilhoso mesmo, só que este deve ultrapassar os R$100,00 se comprado no BR, não é mesmo?
O desafio de achar um borgonha bom e barato continua. Penso que é quase como um unicórnio ou uma sereia. Não existe!!! Risos.
Vamos ver se alguém acha.
Brindes
Leonardo
vivaovinho.blogspot.com