Amigos e
amigas, na verdade este deveria ter sido meu post do dia 01/03. O corre corre
do dia a dia não me permitiu, infelizmente, colocar meu post na data correta.
O tema este
mês coube ao confrade Cláudio Werneck, do excelente blog Le Vin au Blog, e foi muito interessante, veja:
“"Quanto mais diferente, incomum, curioso e pitoresco
melhor."Quanto mais diferente, incomum, curioso e pitoresco melhor.Quando mais diferente, incomum, curioso e
pitoresco melhor!”.
Sensacional o tema,
não?
Alguns
dias antes da sugestão do tema, eu tive a oportunidade de provar um espumante Moscatel
que é produzido pelo método tradicional, o chamado “champenoise”. Os espumantes
Moscatel são, em sua grande maioria, produzidos pelo método Asti. O método Asti é o
usado para a produção de espumantes doces, na Itália. O nome vem de uma região
demarcada (DOC) na Itália, onde é produzido com uva Moscato. Consiste de uma
única fermentação em grandes recipientes, que é interrompida quando se atinge
de 7% a 10% de álcool, deixando açúcares residuais da ordem de 80 gramas por
litro (10 vezes mais que um espumante Brut). Confesso que eu nunca
encontrei um espumante Moscatel produzido pelo método tradicional. Você pode
estar se perguntando no que consiste este tal método tradicional. Diferente do
ASTI, o método tradicional possui duas fermentações. O método tradicional
consiste na realização da segunda fermentação do espumante na própria garrafa.Na
primeira fermentação (alcoólica) o processo ocorre como em um vinho
normal, em tanques, resultando em um vinho de alta acidez e baixo teor alcoólico. Em
seguida o vinho é engarrafado com o licor de tiragem, uma mistura do vinho-base
com leveduras selecionadas e açúcar para servir de alimento para estas
leveduras, que darão início à segunda fermentação. O vinho então passa pela
segunda fermentação na garrafa que gera um aumento no teor alcoólico e a
formação de CO2.
Em
teoria, um espumante moscatel produzido pelo método tradicional, deveria ter um
teor alcóolico maior e um teor de açúcar menor, que foi exatamente o que
encontrei neste espumante produzido em Jundiaí pela Casa Leoni.
Vamos
então ao que achei deste espumante “curioso”:
Visual: A
garrafa é em simples, com um rótulo que deixa, e muito, a desejar. O trabalho
visual não é nada bom. Ao tirar a cápsula percebo que não possui rolha de
cortiça, e sim aquelas rolhas de plástico. As surpresas começam ao colocar na taça.
A perlage é surpreendemente persistente, de tamanho pequeno a médio e formando
uma bonita coroa mesmo em baixas temperaturas. Coloração amarelho palha.
Olfato:
Aroma típico da moscatel mas sem trazer tanto doce, o que me agradou. Um pouco
de floral e mel completam a análise.
Paladar: A
mesma perlage que surpreendeu no visual surpreende também ao explodir na boca.
Foi uma
experiência interessante. A moscato é uma uva muito aromática e refrescante e o
fato deste espumante não ter um teor de açúcar tão alto me agradou bastante.
É minha
gente, o mundo do vinho é um aprendizado constante!
In Vino
Veritas!
Gustavo
Kauffman
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é muito bem vindo!!!