terça-feira, 10 de agosto de 2010

Vinhos em Garrafa PET? Será que esta moda pega??


É minha gente, há pouco tempo fiquei sabendo desta novidade. Um amigo do meu pai deu para ele de presente um Chardonnay Francês que é servido para a classe econômica na Air France. Meu pai achou super curiosa a embalagem e, adivinhem? Sim, o vinho é embalado em PET. O incrível é ver um vinho francês envolto nesta embalagem. Sobre o vinho eu falo em outra oportunidade, já que ainda não abri o dito cujo, mas achei curioso demais estarem usando embalagens PET também para esta finalidade.

Um dos grandes apelos das garrafas PET é a ecologia. Enquanto uma garrafa de vidro leva de 4 mil a 1 milhão de anos para se decompor, uma garrafa pet (politereftalato de etila) leva cerca de 400. Mas as vantagens de se fabricar produtos utilizando a garrafa pet no lugar da clássica garrafa de vidro não param por aí.

Além do tempo de decomposição ser bem inferior, os métodos de reciclagem e reutilização das embalagens produzidas em pet estão bastante aperfeiçoados. É cada vez mais comum encontrarmos no mercado cadeiras, pufes, luminárias, cortinas, entre diversos outros produtos feitos a partir dos resíduos de pet.

A garrafa pet tem outro ponto positivo quando comparada à de vidro. Na comercialização de produtos que vão ser distribuídos para uma grande área territorial, ela é muito mais vantajosa economicamente e coerente ecologicamente.

“Quando o raio de distribuição supera mil quilômetros, as garrafas PET passam a ser preferíveis às de vidro retornável, pois consomem menos combustível para a distribuição”, explica Andréa Rodrigues Fabi, bióloga da Unicamp.

Mas não é só isso. Um estudo realizado pela American Association of Wine Economists aponta que a produção e a distribuição do vinho são responsáveis por 1% das emissões globais de gases de efeito estufa, o que corresponde a 6,3 bilhões de toneladas.

O mercado está antenado às mudanças e reviravoltas no mundo da ecologia e vem se adaptando aos seus novos rumos. Uma das provas disso é o recente lançamento de um vinho engarrafado somente em pet. O produto, nomeado de Full Circle, é a nova sensação no mercado de vinhos.

O lançamento chega para quebrar a hegemonia do vidro no engarrafamento de vinhos. E também para reforçar o coro a favor do meio ambiente, já que a embalagem pet é mais leve, facilitando o transporte, diminuindo o custo de distribuição e os impactos ambientais. Os números confirmam: 85% mais econômica que o vidro e redução de 54% nas emissões de carbono.

Vocês devem estar se perguntando sobre a qualidade do precioso líquido que fica dentro destas garrafas. Aqui é um ponto falho, e bastante falho, nesta nova iniciativa. O prazo de validade das garrafas plásticas é curto: em torno de nove meses. O que exige que a produção de vinhos seja consumida com maior velocidade do que habitualmente, incentivando o consumo e exigindo um controle mais rígido sobre a venda nos supermercados, empórios e lojas especializadas. E se essa forna de engarrafamento fosse adotada por qualquer vindíma – incluindo as mais nobres -, isso alteraria uma das práticas comuns entre apreciadores: a de colecionar preciosidades e de manter suas adegas cheias. Com certeza, o mercado se ressentiria.

Voltando ao meu amado Pai, pro mercado aéreo isto até que faz sentido. Uma produção específica, de garrafas de 187ml, de vinhos que não passam por período de maturação em garrafa, e que serão consumidos rapidamente.

Pode ser uma boa idéia, mas, claro, para mercados específicos.

O que achou desta novidade? Deixe seu comentário!!

In Vino Veritas!

(GK)

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