Depois de comentarmos o belo Concha y Toro Gran Reserva Carmenére 2007 (Série Riberas), chegamos ao vinho em um grau superior, o tradicional e já famoso Marques de Casa Concha.
O nome Marquês de Casa Concha remete a tradição e nobreza, justamente o que a Concha y Toro quer nesta linha de vinhos.
A linha foi lançada em 1976, com a safra 1972. E desde então mantém um invejável nível de qualidade. Embora sejam classificados como varietais, não são feitos 100% de uma determinada casta. Há sempre outras uvas para lhe arredondar, dar complexidade, aparar arestas. É um vinho de enólogo, que varia proporções de uvas, idades das barricas.
A Vinha Concha e Touro é controlada pelas famílias Guilisasti e Larraín e sua estratégia de negócios procura sustentar taxas de crescimento atraentes e atingir a cada vez um maior grau de penetração e visibilidade da marca nos diferentes mercados. Com este objetivo a Companhia tem desenvolvido um amplo portfólio de produtos com o que participa em todos os segmentos de mercado oferecendo vinhos de alta qualidade a preços competitivos. O anterior, somado à tradição de Concha e Touro e a seu compromisso com o consumidor, têm levado à vinha a atingir uma sólida posição em uma indústria altamente competitiva. Hoje, Concha e Touro tem uma forte presença mundial chegando a mais de 130 países, com uma liderança indiscutido em mercados finques como Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Escandinavia, Europa do Leste, Japão e Latinoamérica.
Este é mais um vinho produzido com a uva Carmenére, típica do Chile, que já detalhamos por aqui no post “Série Uvas – A Tinta Carmenére”. O Marques Casa Concha Carmenére é o mais novo lançamento desta linha e, para minha surpresa, ainda não está disponível no belo site da Concha y Toro. O novo Marques de Casa Concha Carmenère tem tudo para seguir seus irmãos de sangue nessa trajetória de sucesso. Elaborado com uvas provenientes do vinhedo Peumo, no Vale de Cachapoal, de onde provém igualmente os ícones Carmin de Peumo e Terrunyo Carmenère, ele está muito bem acompanhado! Segundo seu enólogo, "possui uma grande estrutura e um potencial de guarda considerável... onde a barrica proporciona deliciosos toques de chocolate e baunilha."
A Safra de 2007 foi considerada como uma das melhores dos últimos anos. “O ano de 2007 começou de um jeito estranho no Chile. Parecia que teríamos problemas com as uvas”, diz a enóloga chilena Paula Gallardo. “Mas o clima mudou completamente – e o resultado foi uma das melhores safras dos últimos anos”, afirma. No início de 2007, o fenômeno La Niña, que se caracteriza pelo esfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical, fez a temperatura no Chile cair cerca de 10ºC, em média, no início do verão. Junto com o frio veio uma estiagem atípica. Como não choveu nas semanas que precederam a vindima, houve uma queda de 30% na produtividade dos vinhedos, mas as frutas que sobreviveram tiveram um pleno amadurecimento, com alta concentração de açúcares e de outros nutrientes essenciais para a produção de um bom vinho. “A safra de 2007 foi histórica”, afirma Alfonso Larraín de Santa Maria, presidente da Viña Concha y Toro.
Vamos então ao que eu achei deste belo vinho chileno:
Visual: Garrafa dispensa maiores comentários. Belíssima, basta ver as fotos! Rolha 100% em cortiça e personalizada para a linha Marques. Na taça trouxe coloração púrpura bem escuro com reflexos violáceos nas bordas. Gotas finas, lentas e coloridas.
Olfato: Sensacional! Uma explosão de aromas muito gostosos. Complexo, passando ser encorpado. Muito frutado também! Primeiro destaque para frutas negras (ameixa), seguindo quase que imediatamente para café. Toques de especiaria também presentes. Consegui identificar noz moscada.
Paladar: Realmente gostoso demais. Taninos leves e sutis. Acidez bem integrada. Sabores vão crescendo na boca de forma absurda, terminando com um final longo e muito persistente. Frutas bastante perceptíveis também na boca. Na boca senti também, além do café, notas de balas de caramelo.
O que diz a Wine Advocate, de Robert Parker, sobre este vinho:
Pontos: 91
Degustador: Jay Miller
Maturidade: Beber entre 2012 e 2020
Review:
The Marques de Casa Concha series begins with the 2007 Carmenere which spent 16 months in French oak. Saturated purple in color, it offers up a splendid bouquet of toasty oak, tobacco, Asian spices, plum, and blueberry. Mouth-coating, layered, and bordering on opulent, there is plenty of ripe tannin lurking under the fruit, succulent flavors, and excellent balance. This awesome value will be at its best from 2012 to 2020.
Concha y Toro is Chile’s largest winery in volume and, remarkably given its size, one of its finest in overall quality. However, the entry level Casillero del Diablo range had more misses than hits. The Trio Series is made by one of Chile’s most renowned winemakers, Ignacio Recabarren, who is also responsible for the other-worldly Terrunyo Carmenere Carmin de Peumo. The Trio wines rank with the greatest wine bargains on the planet.
O que diz a Wine Spectator sobre este vinho:
Pontos: 88
Review:
There's a lovely mouthfeel to the layers of coffee, red licorice, red plum and crushed black currant fruit, which all glide over the loamy finish. Very solid. Drink now through 2011. 14,000 cases made. –JM
Vamos ficar devendo as notas técnicas por parte da Concha y Toro. Já pedimos a eles e, assim que recebermos, postamos as mesmas por aqui!
O vinho me agradou demais! A Carmenére não está entre minhas uvas prediletas, mas este vinho me surpreendeu e positivamente!
Vamos tentar agora trazer nossas impressões sobre o TOP da linha Carmenére, o Terrunyo.
In Vino Veritas!
Gustavo Kauffman (GK)
Marques de Casa Concha Carmenére é para mim talvez uma das melhores opções entre os consagrados chilenos. Ótimas experiencias com queijos e massas untuosas. Relação custo-benefício muito boa. Não deixo faltar em casa.
ResponderExcluir