Mais um encontro da Confraria dos Bomfim e desta vez com casa cheia! Todos os primos que estão morando em Sampa estavam presentes e ainda tivemos a participação de 2 conjugues neste momento tão especial.
Vale falar um pouco sobre a origem das Confrarias. Na Idade Média elas reuniam religiosos em torno de práticas místicas e proteção social. Possuíam sempre um símbolo ou escudo, um santo como devoção comum e princípios compartilhados em grupo, acima de qualquer questão pessoal. Sempre tiveram um sentido agregador, por vezes desafiando normas estabelecidas por suas religiões de origem.
No Brasil imperial congregavam negros e brancos e, não raro, administravam fundos para compra de cartas de alforria. Na Europa, essas entidades fazem parte da história de um continente que procurava proteção contra suas próprias práticas predatórias e desumanas, resgatando valores e crenças derrubados com os muros dos feudos.
Assim aconteceu com os pedreiros das grandes catedrais francesas que mantinham técnicas secretas de construção, preservavam e assistiam as famílias de seus pares. Com as próprias ferramentas como símbolos, fundaram a Maçonaria.
As confrarias são essas organizações que lutam pela identidade de um grupo, produzindo, preservando e difundindo conhecimento. O mundo do vinho se apropriou desse tipo de estrutura para fazer valer o que tem de melhor: sua capacidade de reunir e agregar. Do Velho para o Novo Mundo, elas funcionam como pára-raios de qualidade e tradição, contra a banalização e a futilidade que, por vezes, tentam tomar conta do mercado.
O primeiro passo para degustar vinhos é escolher um grupo. Vale selecionar pessoas que estejam no mesmo estágio que você. Deste modo todos poderão descobrir juntos o prazer dos vinhos, compartilhando idéias e impressões. O mesmo grupo, uma vez harmônico, pode evoluir, publicar suas opiniões na internet e trocar informações com outras turmas e confrarias.
No nosso caso o início se deu com este reencontro dos primos!
Ter a oportunidade de ter momentos agradabilíssimos ao lado de pessoas com quem já vivemos tanta coisa juntos é impagável! Aprender juntos então é mais sensacional ainda.
Neste segundo encontro voltamos ao velho mundo e escolhemos Chile como tema. Os vinhos que abrimos foram todos sensacionais, veja você mesmo:
- Espumante Casillero del Diablo Reserva Especial Brut;
- Concha y Toro Marques de Casa y Concha Merlot 2007;
- Emiliana Gê 2005;
- Neblus 2007;
- Almaviva 2007.
Sim, só vinhaço com destaque para o ícone Chileno Almaviva e para o biodinâmico “Gê” que, no Brasil, são vinhos de mais de R$400,00!
Tivemos 2 convidados que chegaram de surpresa, o Espumante Passión da Chandon e o fantástico francês Poligny-Montrachet 1er Cru.
Estamos devendo ainda os Posts de três dos vinhos do tema Itália. Fica uma promessa então. Até o próximo encontro, aonde o tema será ESPANHA, já teremos “corrido atrás” do atraso e postado todos os vinhos dos temas Itália e Chile!
In Vino Veritas!
Gustavo Kauffman (GK)
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