Em 2010, exportação de vinhos brasileiros para a Suíça cresceu 66,7% em relação a 2009.
A Suíça, país do chocolate e dos relógios, acaba de receber uma inédita degustação de vinhos brasileiros. Com o objetivo de combater o desconhecimento dos compradores de vinhos suíços, o projeto Wines of Brasil, realizado em parceria entre o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com a Embaixada Brasileira em Berna, promoveu uma Master Class (palestra seguida de degustação) com cinco vinícolas verde-amarelas – Basso, Lidio Carraro, Miolo, Pizzato e Salton. Cerca de 50 convidados pela Embaixada compareceram no Kaufleuten Hof, um clube de luxo localizado no centro de Zurique, a poucos metros de distância das centrais dos maiores bancos suíços, o UBS e o Credit Suisse.
Sentados em pufs e atentos à apresentação da gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan, o selecionado público composto por jornalistas, críticos e compradores respondeu com surpresa a cada informação sobre a produção vitivinícola do Brasil. Na posterior degustação de dois espumantes e três vinhos, a surpresa se transformou em reconhecimento à qualidade apresentada. Não é a toa que há dois anos (em 2009 e 2010), a Suíça vem se mantendo na 7ª posição entre os principais destinos do vinho brasileiro. Em 2010, foram exportados US$ 159,6 mil, um crescimento de 66,7% em relação a 2009, quando foram comercializados US$ 95,7 mil de vinhos brasileiros para o mercado helvético.
Conforme Andreia, a Suíça, mesmo sem estar entre os oito mercados-alvo do Wines of Brasil, merece atenção do projeto de vinhos finos brasileiros por ser um país que compra vinhos de alto valor agregado. Um exemplo é o preço médio por litro, que quase dobrou (aumentou 98%) de 2009 para 2010. “Em geral, os suíços compram os melhores produtos das vinícolas brasileiras”, revela Andreia. “Há um enorme potencial a ser explorado na Suíça. Este é nosso primeiro evento de promoção conjunta aqui”, observa a gerente do Wines of Brasil.
O mercado helvético tem como diferencial a venda de 35% dos vinhos em lojas especializadas. “É um nicho bem interessante para quem está entrando no país e quer posicionar seus produtos da melhor forma possível”, afirma Andreia.
A cônsul Geral do Brasil em Zurique, embaixadora Vitória Cleaver, e o chefe do Secom (Setor Comercial) da Embaixada Brasileira em Berna, Unaldo Eugênio Vieira de Souza, estiveram presentes neste que foi o primeiro evento realizado pelo Wines of Brasil em parceria com a Embaixada do Brasil na Suíça.
Reação
A estreia na degustação de vinhos brasileiros para a maioria dos convidados gerou reações surpreendentes, como a do alemão Antonio Potenza, chefe de vendas do Park Hyatt Zurich, hotel de cinco estrelas de Zurique. “Muito interessante. Não é um vinho que você conhece dos supermercados. Eu não imaginava que se produzia vinho no Brasil”. Animado após a degustação dos cinco rótulos servidos, ele disse: “Achei muito bons os vinhos que experimentei, sobretudo o Talento (vinícola Salton). Vou conversar com meus colegas no hotel sobre a possibilidade de incluí-los no nosso cardápio.”
O suíço Sven Martin, importador de vinhos, que já possui os brasileiros no seu catálogo de produtos, fez elogios ao estilo do vinho brasileiro. “Os vinhos são de muita qualidade e me lembram bastante os de Bordeaux e do norte da Itália. Eles são elegantes, sobretudo os baseados em Merlot”, disse.
Os produtos servidos na degustação foram os seguintes: Monte Pachoal Brut Rose; Miolo Brut Millesime; Salton Talento 2006; Pizzato DNA 99 Single Vineyards Merlot 2005 e Lidio Carraro Quorum 2006.
Fonte: OAJ Comunicação & Marketing
Crédito da foto: Ana Paula Kleinowski / Wines of Brasil
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