Esta garrafa estava guardada na Adega desde novembro do ano passado quanto estive no Chile com minha esposa. Nesta viagem que fizemos acabamos só conseguindo visitar uma vinícola, no caso a Santa Carolina. Por sinal estou em falta comigo mesmo! Esta visita merece um post e, prometo, logo logo trarei os detalhes por aqui, desde como chegar lá (fomos de metrô), até a visita em si e os vinhos que degustamos.
A Santa Carolina pertence hoje ao terceiro maior grupo vinícola do Chile. Outra marca que pertence a este grupo é a Casablanca que, confesso, só conheci por lá.
Acabei comprando umas garrafinhas por lá e, depois de voltar ao Brasil, ainda não havia aberto nenhuma. Esta foi eleita, junto com o Luigi Bosca Reserva Malbec 2007, para acompanhar o jogo do Brasil e Gana. Ah, vale lembrar que tivemos de acompanhamento os deliciosos croquetes holandeses de frango!
O vinho foi o segundo a ser aberto e eu estava cheio de expectativa com ele. Além de ter sido super bem recomendado pelo Enólogo da Vinícola, a safra de 2006 ganhou medalha de ouro nos seguintes concursos:
- Korea Wine Challenge 2008, Corea;
- Concursul International de Vinuri, Bucuresti 2008, Rumania;
- Hyatt Catad`or Wine Awards 2008, Chile.
Ganhou também medalha de prata nos concursos:
- Challenge International du Vin 2008, Francia;
- International Wine Challenge 2008, UK.
A vinícola Santa Carolina foi fundada em 1875 por Luis Pereira Cotapos. O nome escolhido foi uma homenagem ao seu grande amor, sua esposa, Dona Carolina Iñiguez Vicuña, com quem teve 10 filhos!! No post que falarei da viagem, vou entrar mais no detalhe desta interessante vinícola.
O nome “Reserva de Família” vem desde o início da bodega. Os melhores mostos eram separados para consumo próprio em ocasiões especiais e, por este motivo, o nome desta linha. Esta linha é produzida nas cepas Cabernet Sauvignon, Carmenére e Chardonnay. O CS nós também temos na Adega e futuramente iremos comentar.
Vamos então às minhas impressões:
Visual: Garrafa no bom estilo dos vinhos Premium da América do Sul. Grande, pesada e bonita. A rolha, como eu imaginava, é especial para esta linha, com os dizeres “Reserva de Família” e de cortiça legítima! Na taça a coloração é vermelho rubi com nuances de violeta nas pontas, lindo de se ver. Gotas lentas, finas e por toda a taça.
Aroma: Frutado, trazendo muitas frutas vermelhas. A baunilha também se mostrou muito presente, sinal do período em madeira. Um vinho complexo que trouxe, ao fundo, toques de pimenta e tabaco, muito interessante. O único defeito é que o álcool está um pouco mais pronunciado do que deveria.
Paladar: Primeira palavra é sensacional!!! Enche bem a boca proporcionando uma sensação única. Taninos super suaves. Na boca não se percebe nada de álcool. Final longo, frutado e persistente. Um vinhaço!
Não encontrei as notas técnicas sobre a Safra de 2006. Enviei um email para a Santa Carolina há uns 4 dias e até o momento nenhuma resposta. Vou colocar aqui as notas da safra de 2008.
O que diz a Vinícola:
Composición: 86% Carmenere - 8% Cabernet Sauvignon - 6% Petit Verdot
Apelación: Valle del Rapel
Tiempo en Barrica: 12 a 18 meses
Enólogo: Andrés Caballero
Notas del Enólogo: De color rojo oscuro con velos violáceos nos sorprende su intensidad colorante. Posee aromas de frutos rojos y regaliz. En boca es suculento, perfecto balance de fruta y suaves notas de tabaco. Paladar redondo y bien estructurado, con final elegante y persistente.
Os dois vinhos do dia foram realmente sensacionais!
Só não vou dar a nota máxima para este rótulo pelo álcool um pouco mais evidente no exame olfativo. Talvez, ao invés de 1 hora no decanter, ele deveria ter aerado um pouco mais. Farei isto com a próxima garrafa que temos por aqui. Vai levar um 4.5!
In Vino Veritas!
(GK)
Ótimo! Eu estava procurando maiores detalhes desta linha. Estou curioso pelos detalhes do CS.
ResponderExcluirAlencar
Alencar,
ResponderExcluirObrigado por sua visita!
Em breve abrirei o CS e colocarei minhas impressões por aqui, mas uma coisa eu te adianto: Promete ser muito bom!
Um Abraço,
Gustavo