O Copo desempenha um papel fundamental na apreciação do vinho, um papel vital e dramático na compreensão das características do vinho. O mesmo vinho, a mesma garrafa, à mesma temperatura, servida em copos diferentes manifesta aromas distintos, proporcionando prazeres desiguais.
E não caia na tentação de assumir que são diferenças subtis, detectáveis apenas por narizes experientes, por sobredotados. Não, as diferenças são gritantes, visíveis por todos os que não estejam irremediavelmente constipados! Os copos de vinho são desenhados de modo a evidenciar a cor, os aromas e os sabores do vinho.
Como tal, devemos prestar especial atenção a este acessório fundamental para podermos tirar o maior prazer e partido do vinho. Os únicos materiais aceitáveis são o vidro e o cristal, obrigatoriamente transparentes, incolores, finos, e sem superfícies facetadas. A arquitectura fundamental do copo obriga à existência de um pé. O copo deve ser sempre seguro pelo pé, ou pela base, evitando dessa forma que se aqueça o vinho com a palma da mão.
Ao segurar o copo pelo pé, tem igualmente um campo de visão mais amplo, sendo mais fácil o ato de girar o vinho no copo. Porque é que quer fazer girar o vinho no copo? Para libertar os compostos aromáticos, aumentando assim a sua percepção do vinho. Talvez esta seja uma altura acertada para acrescentar que um copo de vinho nunca deve ser cheio a mais de 1/4 ou 1/5 da sua capacidade.
Desta forma, será mais fácil girar o vinho no copo, sem que surjam imprevistos desagradáveis. Não duvidemos: o investimento em copos é cometimento prioritário na escala de valores dos enófilos. Afinal, de que serve investir em vinhos interessantes, se não os poder desfrutar convenientemente?
Qual copo usar para cada tipo de vinho? Em breve no Enoleigos!
In Vino Veritas!
Gustavo Kauffman
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é muito bem vindo!!!