segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Rubizzo Chianti Colli Senesi 2013 - #CBE

E é chegado o dia de mais um post para a Confraria Brasileira dos Enoblogs! Depois de algum tempo eu consigo postar no dia correto! J.

O tema deste mês foi Chianti, escolhido pelo Confrade Jorge Alonso, do blog Contando Vinhos: "Um Chianti, valendo Classico, Riserva e qualquer sub região e sem limite de preço". Eu optei por um Chianti mais para o dia a dia, mesmo não tendo ocorrido um limite de preço e explico! Acho os Chianti mais “básicos”, sem passagem por madeira, um vinho realmente ideal para acompanhar nosso dia a dia, além de tipicamente serem mais refrescantes, delicados, harmozinando como ninguém com uma massa ou uma pizza mais leve.

Antes de seguirmos falando de nosso vinho, é importante falar um pouco sobre o Chianti. Afinal de contas, o que é este vinho, com qual uva é produzido, em qual região, etc? A região é o mais fácil, afinal com este nome só poderia ser da Itália! É produzido na região da Toscana, predominantemente com a uva Sangiovese e alguns deles são DOCG (Denominazione d'Origine Controlatta e Garantita, como nosso vinho deste post, porém isto não quer dizer lá muita coisa em relação a qualidade, somente a origem do vinho.

O Chianti ainda pode ser “Riserva”, indicando que passou por um período de envelhecimento de no mínimo de 2 anos, antes de ser comercializado, e “Superiore”, com uma graduação alcoólica maior que a versão normal. O vinho que eu escolhi é um Chianti Clássico DOCG e sem nenhuma passagem por madeira.

Como tudo no “Velho Mundo”, existem também lendas e várias histórias sobre este delicioso vinho. Este vinho é uma excelente opção para começar a conhecer um pouco sobre o velho mundo. Um pouco mais pesado no bolso, é verdade, mas vale a experiência e também o prazer.

Vamos então ao que eu achei do vinho:

Visual: Garrafa típica da região, sem aquele peso todo, citando o que para eles é mais importante: É um Chianti, DOCG e, claro, o nome da vinícola. A rolha é de compensado de cortiça. Na taça mostra uma coloração de um vinho bastante jovem, bem violáceo e translúcido.

Olfato: Ressalta sua jovialidade e refrescância. Muita frusca fresca, remetendo a frutas vermelhas do bosque, frutas vermelhas em compota e groselha. Um vinho fresco, franco, direto e sem muita complexidade.

Paladar: Aqui também a refrescância e a  jovialidade é palavra chave. Muita fruta também no palato. Corpo médio, boa acidez com taninos macios. Final com persistência média e gostoso retrogosto. Um vinho que agrada no conjunto.

O que diz a vinícola sobre seu vinho:

Curiosamente no site da vinícola o Rubizzo não aparece como um Chianti DOCG, vejam: http://www.roccadellemacie.com/vini-rossi.php?ids=5. Ele aparece sim como um Toscano IGT.

Acredito que o produto não seja vendido na Itália e seja apenas exportado para o Brasil. O que a vinícola fala sobre o “Rubizzo” vai de encontro as minhas percepções durante a degustação, vejamos:

At the end of the 1970s, Rubizzo was something of a revolution for Chianti drinkers, who were used to wines that based their vigor on a mostly acidic structure, were not suited to aging and were rather pale in color.

Italo wanted a wine with greater aromatic complexity, more smoothness and more coloring substances, but at the same time also an enjoyable drinkability that would make it suitable for any palate and situation.

In a certain sense, Rubizzo was a precursor for a taste that subsequently became very common amongst wineries and wine consumers. It is the wine that has accompanied Rocca delle Macìe throughout its history, changing and evolving in step with the winery. 

Os vinhos da Rocca delle Macìe são importados pela Decanter: http://www.decanter.com.br/rocca-delle-macie-rubizzo-2013-750ml/p00111113

Não existem críticas da Wine Advocate para este vinho.

Um vinho para quebrar paradigmas. Tenho certeza absoluta que se você harmonizar este vinho com uma massa ou pizza mais leve você irá se surpreender positivamente. Ainda temos uma cultura muito ligada a vinhos mais “porrada”, que também tem seu espaço, mas lembre que na gastronomia muitas vezes “menos é mais”, e é isto que destaco principalmente neste vinho.

In Vino Veritas!


Gustavo Kauffman (GK)

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