terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ique, Malbec, Mendoza, 2008

Nada entendo de vinhos, quiçá a ponto de criar um blog. A idéia foi de meu irmão mais velho que, devo confessar, entende ainda menos do tema. Por isso logo aviso, caro internauta que decidiu nos ler, esqueça de achar aqui considerações técnicas, precisas, de enólogos com narizes que conseguem distinguir couro de estábulo russo de xixi de gato francês. Somos leigos, e com muito orgulho!

Minha intenção é apenas compartilhar impressões. Para tanto, farei questão de sempre indicar quanto gastei com cada garrafa, minha impressão sobre ela e, um gosto peculiar meu, o que achei de cada rolha. Vez por outra poderei fazê-lo por meio de poesia ou compará-lo com uma música. Porém, sempre, serei absolutamente sincero e direto no que achei do vinho, sem maiores invenções.

Então vamos ao que interessa.

Hoje, dia 05 de dezembro de 2009, abri um Ique, Malbec, Mendoza, 2008. Vinho novo, que pela uva e grau alcoólico (14%) prometia arredondar bem com uma massa bem condimentada. Portanto, comprei uma calabresa apimentada, e preparei uma pela pasta com molho branco. Aviso aos navegantes, cozinho muito, mais muito menos que o meu irmão. Porém... Pouco importa! O resultado final foi excelente. A calabresa foi refogada na manteiga com cebola, deixando escapar um pouco a pimenta para o molho... Uma delícia!

Meu maior medo era sentir álcool demais no vinho. Na boa? Quem quer tomar uma garrafa de zulu que vá tomar cachaça! Eu detesto vinhos potentes que me lembram da maldita 51 no primeiro gole... Ah, já ia me esquecendo, comprei no site www.wine.com por R$ 42,00.

A rolha é bem feita, em cortiça, a face em contato com o vinho estava quase cinza e com pouco odor. Nela há o desenho da sede da bodega fabricante e o nome do produtor. As gotas na taça são esparsas, sua cor é rubi escuro, quase roxo. No nariz, saltam frutas vermelhas com ameixa, sem aquela baunilha comum aos Malbecs. Em boca é macio, sem taninos pesados que afastam as mulheres dessa típica uva argentina. Aliás, o vinho me pareceu perfeito para tomar com àquelas que adoram Merlot, Pinot Noir etc.

Ao harmonizar com a pasta conferi algo que sempre notei: pimenta e Malbec geram mais pimenta. Porém essa nova pimenta é temporária, deixando uma memória excelente, mas sem aquele incômodo na boca. Aliás, esse vinho limpa a boca com uma perfeição ímpar. Mesmo que coloquemos uma bela garfada com bastante molho na boca, o vinho a varre completamente.

Outro ponto interessante é como a potência do vinho não foi sequer sentida. O tal medo de cachaça se desfez no primeiro gole. Persistente e agradável, sem qualquer incômodo. Ao final, surge um mentol bem ao fundo, mas nada acentuado.

Apesar de o vinho perder um pouco suas características ao final da degustação, o considerei excelente para o dia a dia, sempre que decidirmos por uma comida mais gordurosa ou condimentada.

Em resumo, recomendo o vinho. O tomaria novamente sem dúvida, sobretudo se tiver novamente o desconto de 50% na compra, como tive quando usei uma promoção na aquisição dessa garrafa.

Detalhes do fabricante podem ser vistos no link:
http://www.bodegafoster.com/wines/ique.html.

In vino veritas!

AK

3 comentários:

  1. Aos meus queridos filhos enoleigos

    Que vcs sigam em frente, curtindo os vinhos e as vinículas, sonhando e usufruindo do prazer dos diversos sabores das uvas...
    Como mãe-fãzona e amiga, só posso enviar beijos carregadinhos de amor para o coração dos três, já que nosso pequeno-príncipe aparece no colo do dindo...

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  2. Pai o blog, tah muito legal!

    TE AMO

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  3. Um vinho que me surpreendeu positivamente pelo custo benefício foi o Dão Vasco (tinto). Apesar do nome, recomendo. abçs.

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