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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Elbo Tempranillo 2009 - #CBE

É minha gente, como diz o ditado “Antes tarde do que nunca!”. Este mês tem sido hiper, mega corrido, cheio de eventos e compromissos, e, mesmo tendo degustado o vinho em tempo, não consegui fazer o post do mesmo.

O Elbo é um vinho jovem das Bodegas Vizar, situada na excelente região de Ribera del Duero.

A vinícola está localizada em uma fazenda nas margens do citado rio, na cidade de Villabañez (Valladolid), 22 km da capital. São 90 hectares de terra entre a cantina e o parreiral.

Os vinhedos da propriedade tem testemunhado várias civilizações que viveram na Espanha.

A cidade cresceu durante a Reconquista, na margem sul do rio Douro, lado oposto às terras cristãs. A fazenda passou a pertencer ao Duque de Alba, em seguida, passou por várias mãos ao longo dos séculos até hoje pertencem à família Zarzuela.

A família, investindo na área e seu entorno rural, e acreditando na possibilidade da propriedade e das vinhas, traz para o mercado vinhos de excelente qualidade.

Conheci o Elbo em um almoço oferecido pela Casa do Porto, importadora exclusiva dos vinhos das Bodegas Vizar para o Brazil.

Vamos então ao que achei deste vinho autenticamente espanhol:

Visual: Garrafa simples, com rótulo fazendo um estilo mais moderno. Rolha de material artificial, mas personalizada. Coloração de ameixa não tão escura e fosca. Lágrimas gordas e lentas.

Olfato: Uma expressão aromática de muita intensidade e trazendo muita fruta vermelha em compota. Passa também uma agradável sensação de juventude e refrescância. Uma análise que não traz complexidade, mas que é muito agradável.

Paladar: Comprova a análise inicial se mostrando um vinho fácil de ser bebido, um vinho guloso! Taninos bem sutis, mas acidez bastante presente. Na boca as frutas também são a marca principal e, também aqui, aparecem em compotas. O final é de média persistência.

O que as Bodegas Vizar falam sobre o seu vinho:

Fase visual: Rojo picota con ribete violeta, de alta capa y bien cubierto.
Brillante.

Fase aromática: Destacable intensidad aromática, podemos definir perfectamente sus caracteres primarios muy propios de la variedad con la que ha sido elaborado: frutos rojos, cereza madura, grosella y confitura de mora.

Fase gustativa: En boca encontramos recuerdos persistentes de frutos del bosque y confitura de arándanos.

El post-gusto es largo y de claro carácter varietal, identificándole terruño del que procede

Ainda não existem críticas da Wine Spectator nem da Wine Advocate.

Em linhas gerais o vinho agradou. Um vinho jovem, cheio de fruta e refrescante.

In Vino Veritas!

Gustavo Kauffman (GK)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Zuccardi Q Tempranillo 2005

E chegamos a mais um belíssimo vinho da Família Zuccardi. É curioso como, quanto mais eu chego ao final da Série, mais vai dando um aperto no coração! Tem sido um prazer e tanto escrever mais profundamente sobre algumas vinícolas pois me dá a oportunidade de me aprofundar nos vinhos e na história da mesma!

Logo após este Q Tempranillo, falaremos do Q Chardonnay e, enfim, fecharemos a Série com chave de outro ao falar do Zeta, um vinhaço que, por sinal, é um corte tipicamente argentino de Tempranillo e Malbec. Não consegui ler sobre todos os vinhos da Série Zuccardi? Todos estão disponíveis aqui no Enoleigos! Basta clicar no link.

Esta tradicional Bodega, nascida em 1963, criou a Série Q em 1996 para lançar seus vinhos de maior Qualidade, por isto o nome “Q” para a Série.

Na juventude, os vinhos de Tempranillo exibem aromas frutados simples, de morango, cereja ou framboesa. Nos exemplares envelhecidos notam-se aromas de figo, de geléia de frutas e envolventes traços de alcaçuz e torrefação. Trazida pelos colonizadores espanhóis para a Argentina, durante muito tempo a Tempranillo foi estigmatizada como "uva para vinhos comuns". Nos últimos anos, graças ao trabalho de algumas bodegas, têm sido elaborados tintos de qualidade, capazes de competir com seus equivalentes do Velho Mundo. Vinificados cuidadosamente e com passagem em carvalho americano, bem ao estilo espanhol, esses vinhos têm mostrado muitas qualidades e excelente capacidade de evoluir na garrafa. A Austrália intensificou o seu plantio, onde inicialmente era usada para produzir vinhos fortificados.

Se quiser se aprofundar um pouco mais na história e características da Tempranillo, leia aqui no Enoleigos o post “Série Uvas – A Tinta Tempranillo”.

Vamos então ao que achei deste, já adiantando, vinhaço:

Visual: Garrafa muito bonita. O que mais me chamou a atenção na garrafa é lembrar mais o velho mundo. A rolha também é super elegante, de cortiça e personalizada para a Zuccardi. Ao colocar na taça traz uma cor vinho bonita e encorpada, já perdendo seus reflexos violáceos e começando a mostrar uma pequena ponta atijolada. Gotas gordas, nem rápidas nem lentas e tingindo levemente a taça.

Olfato: Complexo e elegante são as palavras chaves aqui. Ah, e delicioso também! Decantamos por pouco mais de 1h, e o vinho cresceu bastante. Bastante aromático. Nas frutas a que mais me chamou a atenção foi figo e toques sutis de outras frutas negras. Baunilha e chocolate também presentes, chegando a deixar o aroma mais pro adocicado. Presença também de couro, aumentando a complexidade. Uma verdadeira delícia!

Paladar: Comprova sua elegância, se mostrando um vinho encorpado sim, mas sutil. O olfato já foi bom e o palato conseguiu superar! Taninos carnudos, frutas negras bastante presentes. O retrogosto traz baunilha e um delicioso tostado. O final é de uma persistência e tanto! O vinho fica direto no paladar, e de uma forma deliciosa!

O que diz a Família Zuccardi sobre seu Tempranillo:

Origen: Santa Rosa, Provincia de Mendoza.

Cosecha: Manual.

Fermentación: Selección de la uva, descobajado y molienda suave, fermentación con levaduras seleccionadas, con delestage y pigeage periódicos. Prolongada maceración postfermentativa sobre los orujos.

Crianza: Durante 12 meses en barricas de roble americano

Crianza en Botella: Por 12 meses antes de lanzamiento.

Composición Varietal: 100% Tempranillo.

Alcohol: 13.5%

Acidez Total: 5.5 g/l

Azúcar Residual: 2.6 g/l

Notas de Cata: De color Rojo guinda con visos azules o negros. Profundo aroma de frutos maduros rojos y negros, como cerezas negras, moras y membrillos, bien conjugados con notas de madurez como tabaco, cuero, licor de naranjas y chocolate. Entrada sedosa, con buen desarrollo en boca donde se perciben taninos firmes pero amables, buen equilibrio y un persistente final de boca.

O que diz a Wine Advocate, de Robert Parker, sobre este vinho.

Até o momento deste Post não havia uma resenha sobre a Safra de 2005. Achamos interessante trazer as informações da Safra de 2006:

Pontos: 90
Degustador: Jay Miller
Maturidade: Beber entre 2011 e 2018

Review:

The 2006 Tempranillo Q was sourced from an estate vineyard planted in 1974. Purple-colored, it displays an enticing bouquet of mineral, blackberry, pepper, and espresso. Medium- to full-bodied, on the palate it is dense, nicely endowed with spicy, savory fruit, and impeccably balanced. It will evolve for 2-3 years and will offer prime drinking from 2011 to 2018.

Repito aqui o que já falei outra vez sobre um outro vinho da Zuccardi. É um vinho do novo mundo com toda a elegância do velho mundo. Ah, importante citar que é o primeiro Tempranillo argentino que tomo e gostei demais! Recomendo a todos. A nota? Difícil eu dar 5 por aqui, mas este não poderia levar outra nota que não a máxima!

In Vino Veritas!

Gustavo Kauffman (GK)

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Palacio del Conde Gran Reserva 2002

É meus amigos, finalmente um vinho espanhol tinto aqui nos Enoleigos. Já havíamos falado da famosa Cava, no caso a Codorníu Raventós, mas vinho tinto é o primeiro. Outra curiosidade é que, mesmo não sendo uma safra tão antiga, é o vinho mais antigo que já provei! Após intensa pesquisa consegui descobrir que é feito com a uva Tempranillo.

Quando comprei este vinho fiquei intrigado. Pesquisei na Internet e ele custa em torno de R$40,00 o que, para um vinho Gran Reserva Espanhol, é um valor baixo. O que me dizem então de ter pago R$20,00 em uma promoção no Sams Club?

Na Espanha, a expressão Gran Reserva, no rótulo de um vinho, indica o tempo mínimo de 18 meses que ele permaneceu em barricas de carvalho antes do engarrafamento, num total de 60 meses entre barrica e cave, antes que as garrafas sejam colocadas no mercado. Ou seja, é um vinho que chega às mãos do consumidor com algum grau de evolução, o que não significa que não possa evoluir ainda mais se armazenado em condições adequadas. Os dezoito meses (ou mais) de barrica podem conferir aroma de madeira acentuado em alguns exemplares. Em outros, como é o caso do Palacio Del Conde, a madeira está presente, mas bem equilibrada com a fruta.

O Palacio del Conde Gran Reserva é produzido pela “Vinos de La Viña” A bodega se encontra na Fonte da Figuera, no limite de três províncias: Valencia, Alicante e Albacete. A bodega foi fundada como uma Cooperativa no ano de 1944 e iniciou com 38 sócios, que possuíam 47 hectares e produziam 250.000Kg de uva. Hoje o número de sócios aumentou para 372, as propriedades são de 2.000 Hectares e a produção de uva de 10.600 toneladas. É a primeira bodega da comunidade valenciana a obter o certificado ISO9000.

Antes de começar a degustação decantei o vinho por 1 hora. Vamos às minhas impressões:

Visual: Garrafa simples, com uma espécie de arame envolvendo, típico dos espanhóis. Rolha de cortiça, mas chamou a atenção por não ter absolutamente nada escrito. A garrafa, como outros vinhos espanhóis, traz o número do lote, o número da garrafa e o órgão que qualifica o vinho como um Gran Reserva. Na taça trouxe coloração vermelho não tão escuro, gotas gordas e rápidas.

Aroma: Agradou bastante. Frutado, em especial frutas vermelhas, com destaque para groselha e framboesa. Álcool perceptível, mas não incomoda. No final trouxe algumas notas de especiarias, com um toque de pimenta.

Paladar: A primeira impressão que tive foi que a Tempranillo é uma uva que preciso provar mais. Bem diferente da uvas mais plantadas aqui na América do Sul e muito gostosa. Não chega a ser um vinho doce, mas sua secura é bem delicada. Taninos presentes e delicados. Trouxe morangos maduros, um toque de baunilha levemente picante e tostada com um final de comprimento médio e persistente.

No site da Vinícola Espanhola o Gran Reserva não possui comentários disponíveis. O Palacio del Conde, mesmo como Gran Reserva, é considerado um vinho standard da Vinha. Consegui obter os comentários do Reserva e os transcrevo abaixo:

Limpio y transparente, capa media, color rojo rubi y ribete evolucionado a teja. Aroma intenso, limpio, destacando las vainillas y tostados de la barrica, sobre um fondo de frutas maduras del bosque y sotobosque mediterrâneo. Paso de boca agradable, tanino muy suave e conjunto final persistente.

Em linhas gerais o vinho agradou!! Não é um vinho sensacional, mas é uma alternativa muito interessante que recomendo! Para o dia a dia caiu super bem, claro que deixando claro a faixa de preço que paguei e não o preço de mercado deste vinho. Quem ainda não teve a oportunidade de provar um vinho espanhol, esta é uma boa opção para iniciar.

Harmonizei com um bifet de chorizo acompanhado de uma berinjela em conserva que fiz. Uma belíssima combinação, mas o vinho vai muito bem também como aperitivo. Vai levar uma nota 3 o que faz dele um bom custo benefício!

(GK)
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