Este foi o terceiro rótulo que abrimos durante a Páscoa. Meu irmão comprou a garrafa também no Rio e abrimos em um delicioso almoço na casa de nossos pais. O menu do dia era um Risoto de Camarão acompanhado de uma bela salada Walldorf.
A primeira surpresa foi a uva Viognier. Já a conhecia de nome, mas ainda não tinha tido a oportunidade de saborear um vinho desta cepa. Como já é costume aqui no Enoleigos, vou começar este post falando um pouco mais sobre esta desconhecida cepa.
A Viognier é uma espécie de uva branca cultivada há séculos na França, de onde é autóctone, particularmente, da Côte du Rhône. Nos anos 70 foi praticamente excluída dos vinhedos franceses e da respectiva produção de vinhos, mas nos anos 80 voltou a “entrar na moda” e a ser novamente reconhecida como uma da mais nobres castas brancas do mundo. No copo, a uva Viognier tem uma coloração amarelo-palha, com leve reflexo esverdeado. Revela ainda óptimos aromas frutados, mormente, a pêssego e a melão, com um leve defumado e uma discreta lembrança a frutos secos. Funciona lindamente com alguns pratos de mariscos mais corpulentos, diversos pratos de bacalhau e, em especial, com pratos confeccionados à volta do salmão. As notas clássicas da uva Viognier estão bem patentes no seu aroma, nas suas já referidas nuances de pêssego e flores de laranjeira, por vezes também complementadas com notas de ananás.
A marca Doña Dominga também não era minha conhecida. Quando estivemos no Chile não vi seus rótulos nos locais que passamos. Pesquisando descobri que pertence a Viña Casa Silva, esta sim bastante conhecida por lá. Trouxe inclusive alguns rótulos que comprei no Free Shop de Santiago. A casa silva possui 4 linhas de vinhos, são elas: Doña Dominga, Casa Silva, Quinta Generación e Altura. A Doña Dominga, em seu portfólio possui as linhas Old Wines, Single Vineyard, Reserva e Gran Reserva. A linha Reserva possui as tintas Cabernet Sauvignon, Carmenére, Merlot e Shiraz e as brancas Chardonnay, Sauvignon Bland e a até então desconhecida Viognier. A safra de 2006 da Viognier ganhou medalha de ouro no concurso CATAD’OR HYATT WINE AWARDS.
A expectativa em provar algo totalmente novo é sempre especial. Vamos ao que achei:
Visual: Garrafa super elegante e muito bem desenhada, que chamou a atenção de todos. Rolha feita em cortiça. Na taça mostrou cor amarelho palha com reflexos dourados, uma bela tonalidade.
Aroma: A primeira impressão que tive ao começar o exame olfativo foram nozes. Posso estar ficando doido, mas eu senti aroma de nozes, o que achei super interessante. No final traz notas de frutas brancas. Muito agradável e surpreendente.
Paladar: Confirma o olfato o que, por si só, já é muito bom. Boca adocicada com a entrada do vinho. Bastante untoso, acidez presente e bem incorporada ao vinho. Final com toques minerais e bastante longo. Um vinho que também se mostrou bastante refrescante.
O que diz a vinícola:
Tasting Notes
Pale yellow-green colour. On the nose, apricot and custard apple. On the palate, fresh, harmonious, very good acidity and with an excellent finish.
Ageing
35% aged in French barrels for 3 months;
65% in stainless steel tanks.
Food Pairings
This fresh Viognier is the perfect companion of sweet & sour dishes. Fantastic with Thai food, sushi, tempura shrimps or fish dishes. Spanish paella tastes great with this wine. It can even be enjoyed with a nice slice of apple pie.
Fui pesquisar o preço do vinho e está pouco abaixo dos R$30,00 o que, com absoluta certeza, o torna um belo custo benefício. Não o vi ainda aqui por SP mas no RJ pode ser encontrado no Zona Sul. Vai levar uma nota 3,5!
(GK)
Gustavo,
ResponderExcluirEssa linha é importada/comercializada pelos supermercados Zona Sul, no RJ. Em São Paulo, a rede de supermercados Coop costuma trabalhar com rótulos do Zona Sul. Talvez você o encontre lá.
Abs.,
Marcus
azpilicueta96.blogspot.com
Olá Marcus,
ResponderExcluirObrigado pela dica. O problema é que estou em SP Capital e por aqui não temos o Coop. Minha família mora no RJ e estou sempre por lá. Fica mais fácil ir ao Zona Sul mesmo.
Abraços!
Gustavo