Finalmente o último vinho que abrimos na semana santa, aqui ainda na casa de meus pais, saboreando um risoto de camarão acompanhado por uma salada Walldorf. O vinho chamou a atenção por ser da famosíssima Baron Philippe de Rothschild e por trazer um corte interessante, levando 80% de Sauvignon Blanc e 20% de Chardonnay.
O nome Baron Philippe de Rothschild tem uma história importante no mundo do vinho, e começou quando o banqueiro inglês de origem alemã Nathan Rothschild decidiu, em 1855, juntamente com seu irmão, comprar Lafite, um 1er. Cru de Bordeaux.
A partir daí, Nathan comprou Mouton e as melhorias e investimentos crescentes foram tornando o nome Rothschild conhecido, ainda mais quando, em 1924, foram um dos primeiros vinicultores a fazer toda a vinificação e engarrafamento dentro da própria propriedade. Durante toda a Segunda Guerra Mundial, não houve safra - de 1940 a 1945. Quando voltaram a lançar vinhos, em 1945, a vinícola passou a colocar obras de artistas plásticos reconhecidos nos rótulos do Château Mouton Rothschild.
A partir de 1976, o Grupo Baron Philippe de Rothschild passou a investir em outros terroirs que estavam começando a despontar como promissoras possibilidades, como os EUA, onde, em 1991, o Grupo BPHR se juntou a Robert Mondavi para criar o Opus One - um dos melhores vinhos americanos.
Já sob controle da filha do Baron, a Baronesse Philippine, o Grupo BPHR continuou investindo no Novo Mundo, e, em 1996, lança, em parceria com a Concha Y Toro, o vinho Almaviva, referência entre os vinhos chilenos. Desde 2003 o Grupo instalou-se no Chile, com empresa, vinhedos e propriedades próprias, aliando a tradição e know-how franceses às novas possibilidades de uma terra rica em microclimas e microterrenos. A partir daí, também no Chile, sucederam-se vários lançamentos de rótulos importantes comercialmente.
No Brasil os vinhos da Baron Philippe de Rothschild Chilena são importados pela Vinho Sul.
Abrimos esta garrafa quase que em paralelo com a outra, o Viognier, para que a degustação não ficasse prejudicada. Vamos então ao que achei desta garrafa:
Visual: Garrafa simples, rótulo também simples, sem chamar muito a atenção. Na taça lembrou o outro vinho, mostrando um amarelo palha com reflexos dourados.
Olfato: Ataque inicial bastante frutado. As frutas que mais me destacaram foram a maçã e a pêra. Álcool praticamente imperceptível. Belo aroma mas poderia ser mais é bastante suave, poderia ser mais intenso.
Paladar: Vinho bastante refrescante, excelente para dias quentes como o dia em que foi degustado. Acidez equilibrada e na boca trouxe a lembrança de frutas cítricas, algo que não senti no nariz. O final é curto.
O que diz a vinícola:
Vinificação: Todas as etapas de vinificação de Mapu Sauvignon Blanc / Chardonnay visam manter o frescor da fruta, conferindo-lhe aromas e estrutura, com maturação de 6 meses.
Variedades: Este é vinho é um assemblage de 80% de Sauvignon Blanc e 20% de Chardonnay. O resultado combina a vivacidade e o refinamento da Sauvignon Blanc com a complexidade, o equilíbrio e os toques de frutas tropicais da Chardonnay.
Notas de Degustação: Cor brilhante amarelo dourado. No nariz, fresco e elegante, combinando notas de pêssego, frutas tropicais e violetas. À boca, redondo, suave, refrescante, com notas de frutas cítricas bem equilibradas.
Terroir: Este vinho procede do final do Valle Central, ao sudoeste, com clima mais frio, ótimo para o cultivo de variedades brancas. As influências do pacífico e o ar frio vindo da Cordilheira dos Andes ajudam no amadurecimento mais lento das uvas.
Um vinho simples, mas honesto! O anterior se mostrou melhor. Ambos estão na mesma faixa de preço e são boas opções pro dia a dia, mas fico com o Voignier. Este aqui leva um 3.
(GK)
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