Quarta-feira, dia de futebol, friozinho em Sampa, cenário perfeito para abrir um bom vinho. Ainda estávamos um pouco distantes da Copa. O escolhido do dia foi um Cabernet Sauvignon Argentino, um vinho mais encorpado, para acompanhar um bife de chorizo que eu preparei.
Cabernet Sauvignon é uma das variedades de uva tintas mais reconhecidas no mundo. É cultivada em quase todos os principais países produtores de vinho, entre uma gama diversificada de climas de Okanagan Valley Canadá para Beqaa Líbano Valley. Cabernet Sauvignon se tornou reconhecida internacionalmente por sua importância nos vinhos de Bordeaux, onde é muitas vezes misturado com Merlot e Cabernet Franc. Da França, a propagação de uvas em toda a Europa e para o Novo Mundo, onde encontrou novas casas em locais como Napa Valley, na Califórnia, na região da Austrália Coonawarra e Chile Maipo Valley. Na maior parte do século 20 foi a cepa mais plantada no mundo, sendo superada somente na década de 1990 pela Merlot.
Nasceu do cruzamento entre a Cabernet Franc e a Sauvignon blanc, durante o século 17 no sudoeste da França. Sua popularidade é muitas vezes atribuída à sua facilidade de cultivo - as uvas têm pele grossa e as vinhas são robustas e resistentes à podridão e à geada - e sua apresentação consistente de estrutura e sabores que expressam o caráter típico (tipicidade) da variedade. Familiaridade e facilidade de pronúncia ajudaram a vender os vinhos Cabernet Sauvignon para os consumidores, mesmo quando provenientes de regiões de vinhos desconhecidos. Sua popularidade contribuiu também para a crítica da uva como um colonizador que assume as regiões do vinho em detrimento de castas nativas.
Normalmente, os vinhos Cabernet Sauvignon possuem cheiro de groselha preta, com toques de pimentão ou ervas daninhas, variando em intensidade com as condições climáticas, as práticas de viticultura e técnicas de vinificação.
Já postamos por aqui o Trapiche Broquel Malbec, um vinho que agradou bastante, e ainda iremos falar sobre o Trapiche Broquel Bonarda. Particularmente eu gosto muito dos vinhos produzidos pela Trapiche. Já tive a oportunidade, antes de iniciar o Enoleigos, de degustar diversos rótulos e sempre sou bem surpreendido.
Vamos então às minhas impressões:
Visual: A garrafa tem um estilo, digamos, mais tradicional e não chama muito a atenção na prateleira. Bela rolha em cortiça contendo um mapa da América do Sul envolto pelos Oceanos Atlântico e Pacífico. Sua cor é bastante escura, puxando pro rubi. Mostrou também alguns tons de marrom e reflexos violáceos na borda. Gotas rápidas e espaçadas.
Olfato: Aroma frutado com especial destaque para frutas negras e um fundo de chocolate e café. O aroma mostra, ou pelo menos deixa a expectativa, de um vinho encorpado. Os aromas não são tão intensos mas se mostram maduros. O álcool é perceptível, mas não incomoda. De modo geral agradou.
Paladar: Minha primeira impressão foi que o vinho não era tão encorpado quanto eu imaginava o que, em certa parte, foi uma surpresa positiva. É encorpado, mas não aquele vinho super potente. Um vinho elegante. Taninos presentes, mas não tão suaves. Na boca as frutas negras são a evidência maior. Retrogosto amargo, final longo e persistente.
O que diz a vinícola:
Crianza: 15 meses en barricas nuevas de roble francés y americano.
Notas de cata: Vino perfumado con buen equilibrio entre profundidad y potencia. Aromas a cassis y mermelada de frambuesas. En boca presenta un elegante toque ahumado y sabores a pimientos asados y chocolate. Dulce final en boca, complejo y muy largo.
Maridaje: Ideal para acompañar pastas, carnes rojas asadas, y estofados.
Vale também citar alguns dos prêmios que este vinho recebeu:
x Wine Spectator – 88 Points (October 2007) – best value under $20
x BRONZE – International Wine and Spiriis Competition 2007 (IWSC)
x The Wine Advocate – 89 POINTS
O vinho se mostrou um excelente custo benefício, já que pode ser encontrado na faixa dos trinta e poucos reais. Vou dar uma nota 3.5!
(GK)
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