Ganhei este vinho de um grande amigo meu. Estava guardado na adega para um momento especial e este momento aconteceu. Hoje ficamos sabendo que o Enoleigos foi convidado para participar do programa Revista CBN da Rádio CBN. É claro que a comemoração tinha que ser acompanhada de um belo vinho e escolhi este belo Pinot.
A Septima é o braço Argentino da Gigante Espanhola Codorníu. Sobre a Codorniu já falamos por aqui em nossos posts sobre o Septima Gran Reserva e sobre a Cava Codorniu Raventós. Uma curiosidade inicial sobre este vinho é que são produzidas apenas 4.000 garrafas em cada safra. Na bela garrafa deste pinot encontramos a seguinte citação:
"Uvas de baja producción y de gran expresión Dan origen a este Pinot Noir. Sólo 4.000 botellas atesoran su marcado carácter varietal, fruto de una cuidada vinificación y crianza durante 8 meses em barricas de roble francês y americano.
Un ejemplar de colección creado para sorprender los sentidos de los enófilos de hoy. “Un vino para entendidos”.
Apesar de ter sido um presente, fui obrigado a pesquisar o preço do dito cujo, já que este é um dos indexadores do Enoleigos. O danado não é nada barato, sai em torno de R$90,00 e é importado pela Intefood.
Visual: Belíssima garrafa, muito elegante mesmo. Rolha de cortiça contendo, como no Septima Gran Reserva, um desenho da Bodega Septima e o seu nome, mostrando também muita elegância. Na taça mostrou coloração típica desta casta, um rubi esmaecido. Um fato curioso... Minha filha de 12 anos comentou o seguinte: “-Nossa pai, este vinho é mais clarinho, ele é mais fraco também?”. Realmente, para quem nunca tomou um Pinot, ao olhar para o vinho na taça a impressão é de ser um vinho mais fraco e pouco incorpado. As gotas na taça são gordas, lentas e esparças.
Olfato: As frutas saltam ao nariz, em especial as frutas vermelhas e negras e, sendo mais preciso, cereja e framboesa! Não é um vinho simples, longe disto, traz bastante complexidade. Analisando melhor podemos perceber que o Tabaco também se destaca, indo mais a fundo, podemos perceber notas, aqui mais sutis, de baunilha e café.
Paladar: A primeira impressão foi que é um vinho muito saboroso e delicado. As frutas enchem a boca com sutileza. Chega a ser quase doce de tão suave. Os taninos são muito sutis, quase que imperceptíveis. Retrogosto remetendo as frutas. As outras notas que sentimos na análise olfativa (tabaco, café e baunilha), também são perceptíveis só que com uma suavidade muito maior. Final de médio a longo e persistente.
O site da Codorníu continua em construção, por isto transcrevo o que a Interfood diz sobre este belíssimo vinho:
Região: Argentina, Mendoza
Uva: 100% Pinot Noir
Afinamento: 8 meses carvalho americano
Temperatura de serviço: 18°C
Visual: Cor rubi intensa
Aroma: Fresco de frutas negras, cereja e chocolate com toques de tabaco e café provenientes do seu envelhecimento em carvalho.
Paladar: Entrada doce e suave com taninos elegantes
Harmonização: Carnes vermelhas e massas.
A Pinot não está entre as uvas que mais gosto, mas, este vinho foi uma excelente surpresa! Abri a garrafa com expectativas e estas foram atendidas! Não me custou nada, mas, se tivesse pago, teria valido o seu custo sem sombra de dúvidas. Já ia me esquecendo... Decantei este vinho por 1 hora antes de degustá-lo.
Não tenho medo de dar o adjetivo de “Vinhaço”!! Os defeitos que encontrei, claro que na minha opinião, são: O paladar poderia ser um pouco mais encorpado e o final um pouco mais longo. De resto o vinho é sensacional. Uma bela experiência que leva uma nota 4.
Para finalizar, gostaríamos de agradecer a todos que, direta ou indiretamente, contribuem com o Enoleigos. Tenham certeza que tudo que escrevemos aqui é sempre com muito carinho!
Enoabraços,
(GK)
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