Concha y Toro Gran Reserva Série Ribeiras Cabernet Sauvignon 2007

Domingão, dia 02/05/2010, futebol passando na TV, fiz uma costela bovina ao alecrim e um cupim ao alho, nada melhor do que abrir um belo vinho para acompanhar isto tudo!!!

Fui então na Adega ver qual seria o escolhido para o dia de hoje. Acabei optando por este belo rótulo da Concha y Toro, um dos vinhos do mês de Abril do ClubeW da Wine. O outro foi o também sensacional carmenére.

A Concha y Toro dispensa apresentações. É a maior vinícola do Chile e também a maio da América Latina. Possui em sua gama de rótulos o famosíssimo “Casillero del Diablo”, o belo “Trio” e o sensacional e premiadíssimo “Don Melchor”.

A Série Riberas foi criada para desenvolver uma linha de vinhos de excelente qualidade, cuja característica notável é a sua frescura. Esta procura levou a vinha plantações nas margens dos rios mais importantes do vinho principais regiões produtoras do Chile.

Cabernet Sauvignon é originário das margens do rio Tinguiririca, DO Marchigüe; Carmenere do rio Cachapoal, DO Peumo e Syrah do rio Loncomilla, D.O. San Javier. As variedades brancas, Chardonnay e Sauvignon Blanc são das margens do rio Itata, DO Chillan e do rio Rapel, D.O. Colchagua, respectivamente.

Além disso, os corredores de bacias hidrográficas são as terras baixas, em que o ar frio se acumula durante a noite. Isso cria um padrão térmico único, proporcionando rajadas de frescura para as uvas e aumenta consideravelmente o desenvolvimento das propriedades das uvas para um vinho mais nobre.

Em geral, os vinhos originários de bacias hidrográficas têm taninos altamente desenvolvidos, porque as frescas temperaturas noturnas ajudam a formar as peles mais espessas nas bagas e, assim, um maior potencial de taninos e flavonóides, em especial no caso dos vinhos tintos.

As condições climáticas nesses corredores são praticamente únicas no mundo.

Os vinhos da Série Riberas focam em rios como um elemento diferenciador, dando origem um olhar fresco e por sua vez, destacando uma das muitas riquezas geográficas do Chile.

Uma vez que já apresentamos mais esta bela série da Concha y Toro, vamos finalmente ao que achei deste vinho, já adiantando que gostei muito!

Visual: Garrafa que marca presença. Super bem diagramada. Rolha de cortiça, trazendo o nome da Concha y Toro e a “grife” do vinho Gran Reserva. Na taça mostrou uma coloração belíssima, vermelho escuro profundo, com reflexos de violeta. Trouxe também gotas lentas e por toda a taça.

Aroma: O aroma só confirmou o que a apresentação trouxe de expectativas. Muito frutado, aroma super marcante, em especial frutas escuras, trazendo também um pouco de frutas vermelhas. Simplesmente delicioso, dando água na boca. Ao fundo senti também nuances de chocolate.

Paladar: Confirmou o nariz trazendo MUITA fruta. Na boca não senti tantas frutas escuras, as vermelhas se destacaram, em especial cereja. Taninos presentes mas super suaves, quase doces. Vinho de boa estrutura, encorpado e direto, sem muitos segredos, mas delicioso. Um Cabernet Sauvignon que me surpreendeu. Minha esposa, não muito fã de vinhos super tânicos e secos, também adorou! Retrogosto presente também puxando pro doce, voltando a trazer os nuances do chocolate. Final longo e, como não podia deixar de ser, agradabilíssimo!

O que diz a vinícola:

Variedad: Cabernet Sauvignon 90%, Carmenere 10%

Guarda: 12 meses en barricas de roble francés y americano con tostado medio.

Apariencia: Brillante, de color intenso y limpio.

Color: Rojo profundo.

Aroma: Intensos aromas a frutos negros, ciruelas, guindas, chocolate y cassis.

Paladar: Concentrado y de taninos dulces. Sabores a fruta roja. Buena estructura y densidad.

A harmonização com a costela e o cupim foi ótima. Mesmo as carnes sendo mais gordurosas, limpou super bem a boca. Não é um vinho barato, salvo a situação em que pude comprar. Mesmo pelo preço de mercado, vale cada centavo do que custa. Um belíssimo CS, dos melhores que já tomei! Gostei tanto que vou dar um 4,5!

(GK)