terça-feira, 20 de julho de 2010

Stellenzicht Golden Triangle Shiraz 2006

Este foi um rótulo que ganhamos de um amigo. Ele estava retornando de uma viagem internacional pouco antes do início da Copa do Mundo. Viu o rótulo sendo vendido, viu que era um vinho da África do Sul e este rótulo era um dos que estavam em promoção no momento. A promoção, segundo ele, eram de três garrafas e fui presenteado com uma delas.

A Stellenzicht possui uma reputação como uma das melhores fazendas na indústria vinícola do Cabo na África do Sul. Ganhou vários prêmios nacionais e internacionais que incluem prêmios de ouro, altamente cobiçados, no Concurso de Veritas, a competição vinícola de maior prestígio da África do Sul, bem como avaliações soberbas no Guia John Platter para os Vinhos Sul Africanos, com degustações conduzidas pela Revista Wine.

A Stellenzicht foi pioneira na revolução da varietal Shiraz na África do Sul. Em Stellenzicht Syrah 1994 foi premiado como o vinho top da mostra em 1996 na Sélection Mondiales em Montréal, no Canadá.

Em 1997, 1998 e 1999 seu vinho Syrah ganhou a medalha de ouro no Concurso International Wine Spirit em Londres. O lançamento mais recente, a safra de 2001, ganhou um prêmio Veritas de ouro em 2003.

Por três anos consecutivos o Stellenzicht Semillon Reserve (Safras de 1996, 1997 e 1998) foi premiado com o Cape Wine Academy Troféu para o melhor vinho sul-Africano Branco Seco no Concurso International Wine Spirit, em Londres. O vinho continua a fazer bonito nas competições internacionais.

Abrimos o vinho em um dia de semana, de forma totalmente descompromissada para acompanhar uma massa. Estava friozinho em São Paulo e nestes dias um vinhozinho cai como uma luva!

A ficha técnica que conseguimos deste vinho no site da Vinícola foi bem completa, e colocaremos a mesma na íntegra neste post. Um fato curioso é que os vinhedos são bem jovens, tendo sido plantados entre 1989 e 2001.

Um ponto que me impressiona nos vinhos Sul Africanos é o Marketing atrelado a eles. As garrafas são muito bem trabalhadas, os sites belíssimos e, pelo que já me comentaram, o Enoturismo por lá é também sensacional! Já recebi comentários de muitas pessoas dizendo que, dos países do Novo Mundo, a África do Sul é o mais promissor para o futuro. Se isto irá ou não ocorrer só o tempo nos dirá. Até lá, vamos degustando e formando, dia a dia, garrafa a garrafa, nossas próprias opiniões. Tem coisa melhor?

Aqui segue a minha sobre este vinho:

Visual: Como falei anteriormente a garrafa é belíssima! Na taça mostrou coloração rubi escuro opaco, sem muito brilho, típico da casta. Gotas lentas e constantes. Rolha possuía o número do lote.

Aroma: Álcool um pouco mais pronunciado do que o ideal. Bastante frutado com destaque especial para frutas negras. Ao fundo percebemos notas de tostado e chocolate. O chocolate é mais amargo, mostrando mais cacao do que açúcar.

Paladar: Taninos fortes e acidez perceptível. Com certeza consegue evoluir mais um pouco na garrafa. Os taninos e acidez não chegam a incomodar, mas tornam este um vinho bem culinário, casando bem com nossa massa. Um vinho equilibrado, voltando a mostrar o chocolate amargo na boca e as frutas mais ao final que se mostrou longo e saboroso.

O que diz q vinícola (Notas Técnicas)

Background

Flanked by the Helderberg and Stellenbosch Mountain, between Stellenbosch and the False Bay coast, lies an exceptional tract of land that benefits from terroirs eminently suited to the cultivation of the highest quality wine grapes. This jewel in the crown of the magnificent Stellenbosch winegrowing region is known as the Golden Triangle. At its core lies Stellenzicht. The award-winning Stellenzicht range reserves its Golden Triangle label for those wines which most eloquently demonstrate the unique terroir of this special part of the Helderberg, home to some of South Africa’s most exceptional wines.

Vineyard Location

Planted between 1989 and 2001, the vineyards are grown on slopes facing west and northwest in decomposed granite and Table Mountain sandstone soils. The yield average was 6.33 tons per hectare. The climatic conditions for this vintage were characterised by lower-than-normal summer temperatures except for the heat waves experienced in February, just before harvest. These hot February temperatures were thankfully offset by above average rains during this period and the fruit thus ripened very well. Viticulturist: Eben Archer and Johan Mong

The winemaking

The grapes were harvested both by hand and mechanically between 8 and 20 March at an average of 24.7° Balling. As fruit from five different individual vineyards was used, the fruit from each of these vineyards was picked, vinified and matured separately before being blended. The vinification processes was similar for each with maturation/oaking figures given below being an average for the blend. After destalking and crushing, the mash was fermented in stainless steel tanks before being removed from the skins after five days. Fermentation took place at between 26 and 28°C with pump-overs taking place around 8 times per day. Malolactic fermentation was spontaneous and took place in both tank and barrel, depending on the batch. At the completion of malolactic fermentation, the wines were each racked and returned/transferred to barrel for their maturation periods. Barrel maturation took place over 15 months in a combination of French (58%), American (30%) and Eastern European (12%) oaks with only 25% of these barrels being new. Bottling took place on 23 October 2007 with a total of 6372 cases being produced.

Winemaker’s comments

Colour: Rich, dark intensity with hues of ruby and garnet with faint tinges of purple around the edges.

Nose: Wonderful primary fruit flavours of plum,and raspberry with secondary nuances of cloves, mocha and white pepper.

Taste: Full-bodied and ripe with an abundance of red fruit flavours and sweet prunes. The ample ripe tannins are balanced by the fresh acidity at the end and the wine balances well its firm structure and elegant finesse.

Ageing process and potential: Very enjoyable while youthful but added cellaring will enhance the complexity further and round off the “teenage” arrogance. Suggested cellaring of five to eight years is recommended.

Food pairing: It will enhance most venison dishes (especially if combined with bacon) and pairs perfectly with wild mushroom risotto.

Como eu comentei as notas técnicas são bem completas, não? Interessante saber, por exemplo, que apenas 6372 garrafas foram produzidas.

Eu sei que presente é presente, mas, um dos categorizadores do Enoleigos é o preço. Este vinho custa uns USD15,00 no Duty Free. Encontrei na Internet o Pinotage, também da linha Golden Triangle, sendo vendido a R$78,00. Se alguém fez a conta rápida e ficou assustado, é isso aí!! Um vinho que custa na faixa dos R$27,00 no Duty Free, praticamente triplica de preço aqui no Brasil. Vale lembrar que o Duty Free não é uma zona apenas livre de impostos, e que é uma empresa COM fins lucrativos! Rs. Pequena a carga tributária de nosso país, não??

Vou dar uma nota 3.5 para o vinho. Imagino que com um pouco mais de tempo em garrafa ele evolua!

In Vino Veritas!

(GK)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é muito bem vindo!!!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...