quarta-feira, 28 de abril de 2010

Argento Reserva Cabernet Sauvignon 2006

Era aniversário da minha esposa, novembro de 2009, e ela quis ir a “Fazendinha”, um local aqui em SP para as crianças terem contato com os bichos da fazenda. Foi o primeiro contato de nosso filhão, que na época tinha 9 meses, com tanta natureza!

Quando estávamos voltando para São Paulo,vi uma pequena adega na estradinha que estávamos. É claro que eu parei! Rs. Lá vi muitos vinhos mais baratos, daqueles mais doces como os produzidos em São Roque, mas, para minha surpresa, vi também alguns rótulos bem interessantes. Acabei adquirindo duas garrafas deste Argento Reserva CS ao preço de R$22,00 a garrafa. Não tinha provado este vinho anteriormente, mas já sabia que a safra de 2006 foi muito boa na Argentina. Como é um vinho reserva, resolvi arriscar!

A Argento foi criada em Mendoza em 1999. A palavra Argento, que quer dizer prata em Latim, é muitas vezes usado informalmente na Argentina para se referir a uma coisa ou uma pessoa que é essencialmente argentina. Argento também se relaciona com o fio de prata de forte tradição que corre nas veias do país e homenageia a longa história da Argentina de elaborar vinhos preciosos.

A vinícola foi construída em 1910 com uma capacidade inicial de 1 milhão de litros. Depois de uma renovação em 1998, a adega tem agora uma capacidade de produção de 8 milhões de litros, usando tanques de aço inoxidável, cubas de concreto e novo barris e estado da arte da tecnologia.

A linha reserva da Argento na Argentina são todos vinhos monovarietais nas cepas: Chardonnay, Torrontés, Bonarda, Malbec e Cabernet Sauvignon.

O monovarietal aqui, mais uma vez, pode ser discutido. Como a legislação local permite, o vinho possui 14% de Merlot segundo a vinícola para deixar o vinho mais suave. Consultando o site pude constatar que a safra de 2008 foi engarrafada com 100% de CS. Vou ficar atento para adquirir uma garrafa e poder comparar minhas impressões as duas safras.

Curiosamente, mesmo sendo um apaixonado por Cabernet Sauvignon, e sendo a cepa que mais bebi até hoje, este é o primeiro rótulo de CS que estamos comentando. Tenham certeza de que será o primeiro de muitos!!! Vamos então ao que achei da safra 2006.

Visual: Rolha sintética. Bonita, não vou negar, mas sintética. Na taça se mostrou com colaração rubi escuro com tons em marrom. Gotas bem lentas. É bonito na taça, mas sem chamar muito a atenção.

Aroma: Álcool integrado mesmo sem decantar. Trouxe aromas frutados de forma discreta. Pude perceber cassis e cereja e, ao fundo, um toque de baunilha, mostrando a passagem por madeira.

Paladar: Vinho bem estruturado e em harmonia. Acidez também bem integrada. Taninos presentes, mas macios e “no ponto”. Não é um vinho muito complexo. Na boca trouxe algumas notas de pimenta e voltei a sentir o cassis e a cereja. Curiosamente achei o vinho muito melhor na boca do que no nariz.

O que diz a vinícola:

TASTING NOTE
Deep ruby in colour, this classic Cabernet Sauvignon offers aromas of plums, cassis, cedar and vanilla. Rich and full bodied, the ripe black cherry fruit is complimented by subtle toasty and spicy flavours from gentle oak ageing.

VARIETAL COMPOSITION
86% CS / 14% Merlot

REGION
Alto Agrelo, Uco Valley, 900-1100m above sea level

FERMENTATION
Stainless steel fermentation at 25/28°C for 10/12 days

OAK
8 months ageing in French (80%) and American (20%) oak

Harmonizei com um prato que amo fazer!! Rosbife de filet mignon ao molho de shitaki e shimeji preparados na manteiga e shoyo. Harmonizou com perfeição!

Pelo preço se mostrou uma excelente opção para o dia a dia, um tremendo custo benefício!

No geral leva uma nota 3.

(GK)

Um comentário:

Seu comentário é muito bem vindo!!!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...