terça-feira, 21 de dezembro de 2010

La Baume Chardonnay 2009 – O vinho de garrafa PET!!!

Lembram do vinho da garrafa PET que meu pai me deu em Agosto? Pois é, há umas semanas atrás eu finalmente abri o dito cujo.

O vinho é servido na Air France, classe econômica. Vem em uma garrafa PET (isso mesmo!) de 187ml. O vinho pertence a um grande, e recente, grupo francês, o Les Grands Chais de France ou Grupo CFG.

O grupo foi fundado em 1979, e rapidamente se tornou um dos principais comerciantes mundiais de vinhos franceses.

O grupo GCF está presente e ativo nos vinhedos franceses, com principal respeito pela tradição e know-how regional. Hoje, o grupo tornou-se o produtor privado líder na França.

Localizado no Petersbach, no coração do parque natural Vosges du Nord, a sede do grupo desfruta de uma posição logística privilegiada no centro da Europa.

O grupo GCF emprega mais de 1.400 pessoas em 16 empresas.

O volume de negócios anual em 2007 foi de € 680.000.000, dos quais 70% vieram de exportações.

A La Baume é apenas uma das empresa do grupo CFG e está localizada próximo a Béziers, no Sul da França, ao lado do Mediterrâneo, na região do Languedoc-Roussillon. É uma casa bi-secular, estabelecida pela Família Prat, e que pertence ao grupo Les Grands Chais de France (LGCF), este último, detentor de 17% de toda a produção de vinhos franceses, comercializando fenômenos de venda como os exemplares das marcas J.P.Chenet e Baron D’Arignac, entre outros.

Este La Baume Chardonnay, assim como outros vinhos da Herdade, é extraído dos cerca de 30 hectares de vinhas plantadas pela La Baume em terras próprias (50% da propriedade) e de outros 350 hectares de outros produtores da região.

É no Languedoc-Roussillon que se concentra também, atualmente, a maior área de vinhedos do mundo, com o cultivo de 300 mil hectares.

Três enólogos conduzem os vinhedos da La Baume, contanto, na época das vindimas, com apoio de uma equipe internacional. O modelo de produção prioriza o frescor dos vinhos, com vinificação e descanso em tanques de inox com temperatura controlada.

São elaboradas anualmente cerca de 60 mil garrafas deste La Baume Chardonnay, de acordo com gerente de exportação da vinícola, Walter Cramer. O vinho está pronto para consumo, devendo ser bebido, no máximo, em três anos.

Vamos então ao que achei deste Chardonnay:

Visual: A primeira coisa que chama, e muito a atenção, é o vinho vir em uma garrafa PET! Ao servir mostrou na taça uma coloração palha bem claro, gotas finas, lentas e abundantes. A garrafa é um charme!

Olfato: Frutado e refrescante. Álcool totalmente imperceptível mesmo a 13,5%. As frutas aqui são amarelas e maduras, com um leve toque de limão siciliano. Melão e nêspera se destacam. Não mostra muita complexidade mas é muito agradável.

Paladar: Gostoso, fácil de beber, mas não diz ao que veio! As frutas aparecem, mas bem mais sutilmente do que no exame olfativo. O final é curto e traz uma leve ponta de amargor.

O que a vinícola diz sobre seu vinho:

Não encontrei as notas técnicas no site da vinícola. Vou transcrever alguns comentários do importador para o Brasil, a La Pastina:

Para melhor entender a proposta de um vinho, é preciso antes compreender quais foram as intenções do enólogo responsável pela obra no momento da elaboração, avisa o sommelier da importadora La Pastina, Maurício Leme. “E a proposta do La Baume Chardonnay é o frescor”, resume.

Assim, ele destaca o frescor “extremamente agradável” do olfato e paladar deste exemplar. “É um Chardonnay dotado do frescor e da delicadeza da Sauvignon Blanc”, comenta.

No exame olfativo, destacou a presença de aromas cítricos, sobressaindo limão siciliano e um pouco de abacaxi não maduro. “Também tem o interessantíssimo cheiro de pedra branca molhada, de fundo de rio”, aponta.

Reforçou, logo depois, o caráter refrescante no exame gustativo, com a confirmação de sabores frutados e seu equilíbrio com acidez e álcool. “É um vinho bastante ácido, embora não pareça, exatamente por estar integrado com o frescor e álcool”, ressalta.

A untuosidade é de média para baixa, segundo o especialista, compondo adequadamente ao conjunto do exemplar. “Tem também a persistência média no retrogosto, com um leve toque doce, muito interessante”, analisa, ao recomendar o serviço em temperatura de 8ºC a 10ºC para a preservação das características jovens do exemplar. “A harmonização com queijo de cabra é muito feliz”, acrescenta.

Até o momento deste post não haviam análises pela Wine Advocate nem pela Wine Spectator.

Em linhas gerais, como eu imaginava, é um vinho simples, que beberia novamente, mas que não compraria. O charme aqui é a garrafa e não o vinho. Ah, importante dizer que o vinho não tinha gosto de plástico!

In Vino Veritas!

Gustavo Kauffman (GK)


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é muito bem vindo!!!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...