sexta-feira, 4 de março de 2011

Flor de Nelas Reserva DOC 2008 – Série Lusovini e Quinta de La Rosa

E cá estamos iniciando mais uma deliciosa série. A invasão portuguesa ao Enoleigos está sendo completa!!

Nossa nova série começa com um vinho a Lusovini. A Lusovini é uma empresa jovem, moderna, fundada e gerida por pessoas com fortes ligações a viticultura, enologia e produção, como o respeitado enólogo Carlos Moura e pelo empresário do setor Casimiro Gomes. O objetivo da LusoVini é distribuir grandes marcas portuguesas para todo o mundo. Com uma visão inovadora, a LusoVini tem o propósito de mostrar ao mundo que Portugal tem uma produção expressiva, com muita tecnologia, orientada ao paladar do consumidor, com excelente qualidade a preços justos e cepas que refletem o estilo e tradição deste lindo país.

Este vinho, em especial, vem da região do Dão que, como Jorge Saramago dizia, “Tudo nestas paragens são grandezas”. Uma região aonde a natureza foi particularmente generosa, sentindo-se várias influências desde a majestosa Serra da Estrela, passando pelos numerosos cursos de água de berço granítico até os inúmeros pinhais onde o pinheiro bravo circunda as vinhas protegendo-as de ventos indesejáveis. Terá sido no Dão, na aldeia de Tourigo, que nasceu aquela que é por muitos considerada a rainha das castas tintas portuguesas: A Touriga Nacional.

O vinho Flor de Nelas homenageia o orgulho e tradição que as pessoas de Nelas têm pelo Vinho do Dão. Flor de Nelas foi criado recorrendo a modernas técnicas de vinificação com vista a retirar partido da tipicidade das castas tradicionais desta região vinhateira.

Vamos então ao que eu achei deste vinho do Dão:

Visual: Garrafa bonita, imponente, seguindo mais o estilo velho mundo e trazendo o selo de denominação de origem do Dão. Rolha de compensado de cortiça e não personalizada para a vinícola. A coloração é púrpura escuro ainda com reflexos violáceos nas bordas. Gotas gordas, lentas e por toda a taça.

Olfato: Expressão aromática de média intensidade. Após um tempo de decanter abriu muito o bouquet, ou seja, recomendo deixar respirar por 1 hora! Nos aromas a ameixa se mostrou muito presente. Percebi também notas que remetem ao vinho do porto. Ao fundo percebemos um tostado, oriundo do período que permaneceu na madeira. Mais ao fundo traz também alguns detalhes de especiarias.

Paladar: Um vinho de corpo médio, taninos sutis e delicados, boa presença em boca, boa acidez e um final também de média persistência. Na boca as notas de ameixa se mostram ainda mais!

O que a vinícola fala sobre seu vinho:

Vinificação: Fermentação com suave maceração e controle de temperatura entre 24º e 26º C. Amadurecimento em barricas de carvalho francês por 6 meses e em garrafa por mais 3 meses.

Uvas: Tinta Roriz, Alfrocheiro e Touriga Nacional

Cor: Vermelho rubi intenso com nuances granada.

Aroma: Aroma intenso de frutas vermelhas, ameixa madura e toques de cacau.

Palato: Característico do Dão, taninos macios, delicado, agradável e longo.

Harmonização: Boa combinação com carnes vermelhas, massas e queijos.

Teor Alcoólico: 13,00 %

Este vinho ainda não foi comentado pela Wine Advocate nem pela Wine Spectator.

Um vinho simples, direto, muito bem feito e excelente para o dia a dia! Uma excelente opção também para beber em dias um pouco mais quentes. Fiquei curioso em prova-lo com um bacalhau e arroz de brócolis! Uma nova roupagem para os vinhos de Portugal que agradou.

In Vino Veritas!

Gustavo Kauffman (GK)

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