quinta-feira, 10 de março de 2011

Flor do Crasto Tinto 2008 – Série Vinhos Quinta do Crasto

Depois de uma pequena parada durante o Carnaval, voltamos com força total para colocar em dia os pequenos atrasos que ocorreram.

Como decidimos ficar em casa, o friozinho que fez durante o carnaval acabou sendo positivo para provar alguns belos vinhos.

O tinto de hoje é o terceiro vinho que comentamos da Quinta do Crasto. Já passaram por aqui, e merecem sua visita, os seguintes rótulos:





Vale citar aqui a nota de boas vindas de Jorge Raquette:

"
...Foi em 1962, ano em que casei com Leonor Guedes de Almeida, neta de Constantino de Almeida, que tive o primeiro contacto com o Douro e com a Quinta do Crasto. É uma paixão que me acompanha há mais de 40 anos com grandes alegrias, mas também com muitos sacrifícios.

Começamos em 1994 a engarrafar e comercializar os nossos vinhos de mesa, aos quais juntamos a comercialização de vinhos do Porto Vintage que faziam parte do stock da Quinta, começando pelo Vintage de 1978. A partir deste momento tive o gosto de associar ao projecto os meus três filhos, Miguel, Tomás e Rita com quem compartilhei o grande prazer de colocar a Quinta do Crasto no mapa vinícola, tanto nacional como internacional.

Realizaram-se investimentos significativos começando pela vinha (o mais importante para a qualidade dos nossos vinhos) com a expansão de mais 35 hectares plantados nos últimos anos, continuando depois com a remodelação da adega, armazéns e a nova cave de barricas. Para poder responder ao mercado crescente decidimos investir de novo, neste caso no Douro Superior, com a recém adquirida Quinta da Cabreira, propriedade de 120 hectares, dos quais 100 são ocupados por vinhas.

Durante todo este percurso foi fundamental o trabalho dos nossos enólogos, que com as suas experiências e estilos diferentes mas altamente enriquecedores, têm sido os responsáveis pela elaboração dos nossos vinhos.

Esta tem sido uma grande aventura que felizmente ao longo dos últimos anos nos tem trazido muitos êxitos, e estou convencido, não será a última em que nos envolveremos. De certeza que haverá mais.

A paixão continua…
..."

Bacana, não?

Vamos então ao que eu achei deste vinho:

Visual: Garrafa bonita e com classe. Rolha de cortiça com a safra “08” em ambos os lados. Quem me acompanha sabe que adoro estes mínimos cuidados! Ver isto em um vinho desta faixa de preço me surpreendeu positivamente. A garrafa possui também o selo de denominação de origem do DOURO. Na taça mostrou uma coloração rubi escuro, deixando transpassar muito pouca luz. Gotas gordas e lentas, sem reflexos violáceos.

Olfato: Frutado com intensidade média. Frutas vermelhas e maduras se destacam. Não traz nenhum traço de madeira perceptível. Ao fundo as frutas se completam com um sutil toque de pimenta.

Paladar: Um vinho gostoso, suave e delicado. Corpo médio, taninos equilibrados e boa estrutura. Fácil de beber e muito agradável na boca. Acidez presente e comportada. Final de médio para longo.

O que a Quinta do Crasto fala sobre seu vinho:

É um vinho com uma relação preço/qualidade muito interessante, e que é produzido apenas para alguns dos nossos mercados internacionais.

Pretendemos que seja um vinho com um perfil moderno, fresco, frutado e fácil de beber. Cor rubi intensa, aroma a frutos vermelhos, que remetem a framboesas e ameixa preta. Na boca apresenta-se um vinho bastante frutado, equilibrado com boa estrutura e taninos ligeiros que o tornam um vinho muito agradável.

Castas: Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional

Idade das Vinhas: 8 a 10 anos.

Álcool: 13%

Tecnologia de Vinificação: As uvas, provenientes de talhões previamente selecionados, são transportadas em caixas de 25 kg e sujeitas a uma rigorosa triagem à entrada da adega, antes de serem desengaçadas e esmagadas e transferidas para cubas de fermentação em aço inox onde fermentam com temperatura controlada durante um período de 10 dias.

Envelhecimento: Em cubas de aço inox.

Cor: Violeta brilhante.

Nariz: Excelente projecção aromática com notas de fruta silvestre fresca, bem integrada com suaves notas florais.

Boca: Inicio fresco e muito elegante. Volume médio, bem envolvido por taninos redondos de grande suavidade. Boas notas de fruta silvestre fresca integrada numa estrutura compacta, que conferem uma correcta persistência.

O que diz a Wine Advocate, de Robert Parker sobre o Flor de Crasto Tinto:

Pontos: 85
Degustador: Mark Squires
Maturidade: Beber entre 2010 e 2012

Review:

The 2008 FLOR DE CRASTO is Crasto’s entry level wine, a blend of Tinta Roriz (60%), Touriga Franca (25%) and Touriga Nacional (15%) from young vines in the Douro Superior (planted in 2000) and aged wholly in stainless steel. This bottling was introduced to address a market segment aimed below the regular Tinto. This shows quite nicely this year, fruity but crisp, light but quite pleasing, with hints of earthiness. The tannins are soft and the wine has little upside potential. The principal caution with this and wines like this is to drink it young for best results. It hits peak fast, and is likely to decline just as fast, however long it holds in theory. There were 157,333 bottles produced. Drink now-2012.

O que fiz a Wine Spectator sobre este vinho:

Pontos: 88

Review:

Taut and juicy, with red plum and currant flavors joined by notes of sandalwood. Licorice and black olive hints mark the finish. Tinta Roriz, Touriga Franca and Touriga Nacional. Drink now through 2014. 700 cases imported. –KM

Um vinho que surpreendeu para a sua faixa de preço. Gostoso, apetitoso e correto. Excelente opção para o dia a dia, bem como uma excelente opção para quem nunca experimentou um vinho do velho mundo. Entra para nossa lista de “custo x benefício”!

Todos os vinhos da Quinta do Crasto podem ser encontrados em lojas especializadas ou ou então diretamente pela importadora exclusiva, a Qualimpor. Vocês poderão também seguir a Qualimpor em suas redes sociais conforme abaixo:


Até semana que vem!

In Vino Veritas!

Gustavo Kauffman


2 comentários:

  1. Legal! Eu encerrei o mês passado com esse delicioso vinho! Muito bom mesmo!

    Abraços,

    Raphael.

    ResponderExcluir
  2. Oi Raphael!

    Que bacana saber que você gostou! É mesmo um belo custo x benefício! Nesta faixa de preço, recomendo também experimentar o Monte Velho (http://www.enoleigos.com.br/2011/02/monte-velho-tinto-2009-serie-vinhos.html). O Monte Velho é o vinho mais vendido em Portugal!!

    Um Abraço e obrigado pela visita!

    Gustavo Kauffman

    ResponderExcluir

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