Este, já adiantando, belo custo x benefício lançado pela Ravin, é outro que com certeza será um campeão de vendas. No último post de nossa série comentei o Boas Vinhas Tinto DOC 2009, um vinho que se mostrou muito saboroso e um excelente “Best Buy”!
A Região Demarcada do Dão, com uma extensão aproximada de 376.000 hectares, situa-se entre zonas profundamente montanhosas e vales com colinas e declives suaves. Um clima frio e chuvoso no Inverno e quente e seco no Verão aliam-se ao relevo para oferecer condições únicas para a produção de vinhos.
Este vinho é um blend de duas castas quase desconhecidas aqui no Brasil, a Encruzado e a Cercial.
O cultivo da casta Encruzado é praticamente exclusivo da zona do Dão, sendo provavelmente a melhor casta branca plantada na região. É utilizada na produção da maioria dos vinhos brancos através de vinhos de lote ou de vinhos monovarietais. A casta Encruzado tem uma boa produção e é bastante equilibrada em açúcar e acidez. Por outro lado, é muito sensível à podridão e a condições climatéricas desfavoráveis (chuva e vento). Os vinhos compostos por esta casta são muito aromáticos e de sabor acentuado. Apresentam uma longevidade fora do comum, uma vez que podem conservar-se em garrafa durante muitos anos.
A casta Cercial é cultivada em diferentes regiões vitícolas. De acordo com a região pode adotar diferentes grafias e apresentar características ligeiramente diferentes. São conhecidas a Cercial do Douro e do Dão, a Cerceal da Bairrada e a Sercial da Madeira, também denominada de Esgana Cão no Douro. As principais características das variedades da Cercial são a elevada produção e boa acidez. Esta casta produz o famoso vinho generoso Sercial da Madeira, um vinho seco que depois de envelhecer adquire características excepcionais. Os vinhos monovarietais desta casta são geralmente um pouco desequilibrados, por isso é costume lotar a Cercial com outras castas como a Bical, Fernão Pires ou Malvasia Fina. Nestes vinhos, a característica herdada da Cercial são a acidez elevada e os aromas delicados.
Vamos então ao que achei deste vinho:
Visual: A garrafa chama a atenção por si só! Boa presença, lindo rótulo e muito estilo. Rolha de cortiça e personalizada. Coloração amarelo claro com alguns reflexos esverdeados.
Olfato: Muito frutado, mostrando certa complexidade. Trouxe bastante fruta cítrica (lima), com toques de maçã e pera. Bela expressão aromática, mostrando-se suave e refrescante. Álcool em harmonia. Me agradou bastante.
Paladar: Totalmente fiel ao exame olfativo. Excelente acidez! Traz boa mineralidade e as frutas envolvem toda a boca. Retrogosto com tendências adocicadas. Final com uma persistência muito agradável.
O que a Boas Quintas fala sobre o seu vinho:
Região: Dão, Portugal
Uvas: Encruzada e Cercial
Vinificação: Após a prensagem das uvas inteiras o mosto é fermentado a 16ºC e fica em garrafa um mês antes de ser lançado ao mercado.
Cor: Amarelo esverdeado brilhante.
Aroma: Destaque para notas cítricas com um toque mineral.
Palato: Vinho fresco, frutado e com bom equilíbrio.
Harmonização: Acompanha entradas, mariscos, peixes, saladas e pratos frios.
Teor Alcoólico: 13%
Até o momento deste post não haviam análises da Wine Advocate nem da WIne Spectator.
Para minha surpresa este branco português conseguiu se mostrar melhor que o tinto! Para a faixa de preço é um branco excepcional que entra para a lista de custo x benefício.
In Vino Veritas!
Gustavo Kauffman (GK)
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